É verdade que as redes sociais formam um palco para o desfile de bobagens, intolerância e “especialistas em tudo”, mas também é inegável que iniciativas surgidas nestes espaços são surpreendentes e merecem destaque por conta da qualidade, da riqueza de informações e da promoção de leitura de obras essenciais. Tais espaços muito me encantam. Tanto que, em outro texto deste blog, já elogiei o trabalho que vem sendo desempenhado pelo professor Rodrigo Jungmann.
Além disto, a oferta de bons serviços gratuitos que enriquecem e muito quem se dispõe a consumi-los.
Entre estas boas iniciativas está a página do professor Ferdinando Costa, que há mais de uma década se encontra na labuta. Costa é um pernambucano que vem desenvolvendo um trabalho nas redes sociais digno de atenção e aplausos.
Pais e mães, indiquem a página O Bandeirante - mantida pelo professor - no Facebook. Alunos, acompanhem. Por lá, aulas de História do Brasil que se distanciam de visões ideologizadas, se apoiam em fontes primárias essenciais e resgata a forma como a História realmente deve ser ensinada. A página está aqui.
Acompanhando os vídeos de Ferdinando Costa, lembrei de alguns autores de livros e cursos sobre a História do Brasil que são admiráveis, como Hélio Viana, Pedro Calmon e Robert Southey. Destaco também, historiadores como Boris Fausto. Apesar de algumas divergências que tenho com este, reconheço que História Concisa do Brasil é um livro importante. Deve ser lido.
Costa lança seu olhar sobre a História respeitando os fatos, como fez - por exemplo - Raimundo Faoro com Donos do Poder. São obras que - infelizmente - andam esquecidas em nosso tempo, no qual o ensino de algumas disciplinas virou um passeio ideológico que condena a verdade a segundo plano em nome dos interesses políticos. A iniciativa do professor Ferdinando Costa vem em um momento necessário.
Como o professor mesmo coloca, não se trata de dar aulas pensando em Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou vestibulares, mas sim pensando em contar o que de fato ocorreu, como ocorreu e quais suas implicações. Claro, quem acompanhar tais aulas também estará substanciado de informações para fazer qualquer prova, mas irá além disto. Que surjam mais professores como Ferdinando Costa, sempre dispostos a contribuir com a Educação brasileira.
Estou no twitter: @lulavilar