Considerado um assunto tabu em quase todas as culturas, o suicídio estará no foco das atenções durante o Setembro Amarelo, mês internacional de prevenção ao suicídio. Ao contrário do que se imagina, psiquiatras defendem que falar sobre o assunto não estimula o ato. Ao contrário: pode ajudar a preveni-lo.

Dentro da programação que será realizada em Maceió, a Associação Alagoana de Psiquiatria (AAP) promove uma mesa redonda no próximo dia 21, às 19h, intitulada “Suicídio: uma decisão permanente para um problema temporário”. Com entrada franca e sem necessidade de inscrição, o evento aberto ao público acontece no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Ainda dentro das atividades programadas para o mês, nesta sexta-feira, 9, das 8h às 12h, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) realiza a palestra “Conversando sobre o suicídio: a epidemia silenciosa do século XXI”. O evento, também aberto ao público, será no Conselho Regional de Psicologia.

“Jovem”, o Setembro Amarelo acontece há apenas três anos, desde 2014, em todo o mundo. No Brasil, o movimento começou pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Conforme divulgado pela assessoria de Comunicação da AAP, em Alagoas, segundo pesquisa realizada pela Ufal e Uncisal, entre 2013 e 2015, foram registrados 513 casos de suicídio de pessoas com idade entre 10 e 87 anos.

No País, a média é de 30 suicídios por dia e, no mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a cada ano cerca de um milhão de pessoas – uma a cada 40 segundos - tira a própria vida. Ainda de acordo com a OMS, nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos.

Precisamos falar sobre isso.