A terça-feira (06) começa com as agências bancárias fechadas em todo país. A categoria tem uma lista de reivindicações, que resultaram na paralisação definida em assembleia na semana passada. Como a greve foi deflagrada por tempo indeterminado, clientes precisam ajustar os seus compromissos e devem ter seus direitos respeitados, mas também tem deveres, como explicou o advogado especialista em direito do consumidor, Marcelo Madeiro.

Mesmo com as agências fechadas, os clientes terão várias outras formas de efetuarem os seus pagamentos. “O banco tem que disponibilizar meios, para que o pagamento seja efetuado. Aplicativo de celular e também pela internet, agências dos Correios, convênios”, explicou o especialista.

Marcelo Madeiro ainda lembrou que outros serviços continuam sendo efetuados pelas agências bancárias. “Os bancários devem oferecer envelopes para depósito, recolher dinheiro, efetuar depósito ao final do dia. Tudo isso deve continuar funcionando”, disse.

Ao mesmo tempo que os clientes tem os seus direitos por lei, neste período de greve os deveres também devem ser colocados em prática. “A greve não é salvo conduto para não pagar. O único pagamento que teoricamente só poderia ser feito dentro da agência, é aquele que já está em atraso. O consumidor é responsável pelo atraso no seu pagamento. Só existe um porém, com relação aos juros, que devem ser paralisados de imediato, a partir do início da greve”, concluiu.

 A GREVE

A categoria dos bancários apresenta uma série de reivindicações, como reajuste salarial de 14,78% com 5% de aumento real, 9,31% de correção da inflação, participação nos lucros e resultados de três salários, equivalente a R$ 8.297,61, piso salarial de R$ 3.940,24, vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta, auxílio creche-babá no valor de R$ 880, ampliação de contratação, 14º salário, combate às terceirizações e a precarização do trabalho, além do fim das demissões, metas abusivas e assédio moral.

Por outro lado, a Federação Nacional dos bancos (Fenaban), inclui reajuste de 6,5%, mais R$ 3 mil de abono, contrariando o Comando Nacional dos Bancários, que aponta a proposta como perda real de 2,8%.