Por meio da assessoria de imprensa, o senador Fernando Collor de Mello (PTC) - que votou pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e pela perda dos direitos políticos - lamentou a decisão do Senado Federal de separar as penalidades.
“Mais do que nunca, cabe repetir: o rito é o mesmo; o ritmo, o rigor e, agora, o remate, não”, afirma o ex-presidente da República que sofreu o impeachment em 1992. Em todos os seus discursos, já na reta final, Collor comparou os momentos e defendeu a tese de que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade.
Vale salientar que, em épocas passadas, Collor foi um dos ferrenhos aliados do Partido dos Trabalhadores, inclusive estando no mesmo palanque de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, quando se reelegeu senador. Agora, para o ex-presidente, o Senado comete um erro.
“Em 1992, a minha renúncia separou a questão da destituição e da inabilitação. Basta verificar na Resolução do Senado nº 101/92, resultante do processo: o impeachment ficou prejudicado em função da renúncia, mas não a inabilitação por oito anos”, colocou o senador por meio da nota à imprensa.
Collor segue: “Ou seja, o Senado juntou as penalidades. Agora, em 2016, deu-se o inverso. A Constituição traz a questão conjugada, mas o Senado separou as penalidades”. Eis o lamento do senador Fernando Collor de Mello, que até pouco tempo atrás era um dos homens do governo e apoiador da presidente. É a roda gigante da política brasileira.
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