O ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (PTC) usou a tribuna, no dia de hoje, na reta final do julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Nada muda na posição de Collor de Mello. Como esperado, o senador cravou: será favorável ao impeachment da mandatária afastada do país.
Já são dez - com Collor - que usaram a tribuna para se declarar favorável de impeachment da petista. O senador do PTC classificou o processo como “remédio constitucional de urgência no presidencialismo”. Para Collor, quando um “governo além de cometer crime de responsabilidade perde as rédeas do comando político e econômico do país” não existe outra alternativa.
O senador - vale lembrar - foi um dos aliados do PT desde que chegou ao Senado Federal no ano de 2006. Quando se candidato ao governo do Estado de Alagoas, em 2010, buscou o apoio de Luis Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff. Em 2014, quando se reelegeu senador estava, em Alagoas, no mesmo palanque do Partido dos Trabalhadores, ao lado do governador Renan Filho (PMDB).
Collor dá uma guinada. Quando presidente, Collor passou pelo que Dilma passa hoje, mas renunciou em meio ao processo. O fato fez com que o senador do PTC fizesse comparações. Ele frisou que a “situação é completamente diversa”. Fernando Collor disse que foi “condenado politicamente em meio a tramas e ardis”, mas absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“O governo afastado transformou sua gestão em uma tragédia anunciada”, disse ainda sobre a gestão de Dilma Rousseff ao estabelecer comparações com o ocorrido em 1992 com os fatos que levam ao impeachment agora em 2016. Para Collor, há o crime de responsabilidade. O senador opinou ainda que a crise atual não foi orquestrada, mas nascida dentro do próprio Executivo e que não existe golpe na retirada da presidente do comando do país.
Dos que discursaram até o fechamento deste texto, 10 senadores se mostraram favoráveis ao impeachment, cinco contra e um não declarou.
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