Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 estão chegando. Faltam poucos dias e as competições irão atrair a atenção de milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, enquanto milhares de atletas estarão colocando em disputa tudo que aprenderam, tudo que sofreram, vão colocar ainda seu patriotismo e o sonho de conquistar uma medalha olímpica.
Seja no mês de agosto durante as Olimpíadas e no mês de setembro durante as Paralimpíadas, vários desses sonhos começaram em Alagoas. Oito representantes do Estado irão participar da maior festa do esporte mundial, mesmo enfrentando no passado e no presente, várias dificuldades.
Seja como experiente ou estreante, os alagoanos estarão brigando por medalhas na competição mundial. Nas Olimpíadas por exemplo, apesar da idade, Marta é uma veterana em Jogos Olímpicos, tendo participado de Atenas 2004, Pequim 2008 e Londres 2012.
Apesar disso, a melhor jogadora de futebol feminino do século, com cinco premiações, ainda sonha com uma medalha olímpica e vencer justamente em casa, não seria nada mal.
Ainda na ala feminina, a maratonista Marily dos Santos vai buscar uma posição ainda melhor do que os cinco primeiros da edição passada em Londres. Em nível nacional ela segue entre as melhores e quer levar esse ritmo para as Olimpíadas.
Saindo da maratona para as provas de velocidade, Alagoas também terá representante. Bruna Jéssica Farias está selecionada para compor a equipe do revezamento 4x100 feminino no Brasil.
A jovem de Jequiá da Praia que despontou nos Jogos Estudantis de Alagoas (JEAL), buscava índice para os 100 e os 200m dos Jogos, mas está contente com o revezamento.
“Agora que classifiquei no revezamento, vou me manter focada com a equipe para que possamos atingir uma final olímpica e brigar por uma medalha. Estou muito feliz com a conquista, ainda não me caiu totalmente a ficha, pois estou realizando um sonho de criança.Agradeço muito ao Esporte Clube Pinheiros que me deu toda estrutura para que atingisse esse nível técnico, pois ainda fico muito chateada com a minha cidade natal, Jequiá da Praia e o Estado de Alagoas em não me ajudar em momento algum da minha preparação olímpica e não foi por falta de contato.Um estado onde eu defendi com unhas e dentes dentro de sete anos, ganhando diversos títulos. Hoje vejo que o esporte me abriu diversos caminhos e vejo que pode abrir o caminho de muitas crianças no Estado.Lá existe muitos talentos que não foram revelados.Basta que as nossas autoridades tenham um olhar diferente ao esporte”, comentou.
No ritmo das longas passadas que serão dadas no Estádio Olímpico do Rio de Janeiro, outro velocista alagoano brigará por um lugar ao sol, ou seja, uma medalha olímpica. Bruno Lins também vai buscar realizar seu sonho entre os mais velozes do mundo, competindo nos 100 e 200m.
Da pista do Estádio Olímpico para as quadras, outro alagoano que irá representar o Brasil será o ponteiro Maurício Borges, que foi convocado pelo técnico Bernardinho para defender a seleção nacional de vôlei, uma das favoritas a medalha de ouro nas Olimpíadas.
O jogador que começou a sua carreira no CRB, cresceu de forma assustadora, hoje atua internacionalmente e conquistou a confiança do técnico brasileiro nos Jogos Panamericanos de Toronto no Canadá e nas recentes atuações na Liga Mundial.
Dificuldades existem para serem superadas!
Nascer com limitações físicas já são dificuldades que o destino coloca na vida de algumas pessoas. Mas, quando estas pessoas decidem não serem apenas deficientes físicos e mostram um poder se superação acima do normal, eles se tornam de fato, heróis e buscam o status de “heróis olímpicos”.
Três alagoanos em especial estarão em busca de medalhas nas Paralimpíadas Rio 2016 no mês de setembro. No arremesso de disco e dardo feminino, Marivana Oliveira é nome certo, enquanto no arremesso de disco masculino, o representante será Jonathan Santos, mais conhecido como “Romarinho”.
Não apenas como representante alagoano, mas como um dos destaques da delegação Paralímpica nas últimas edições de Jogos Olímpicos e igualmente em 2016. Yohansson Nascimento Ferreira é tricampeão mundial nos 200m. No entanto, esta prova não estará no calendário dos jogos, por isso, vai brigar por medalhas nos 100 e 400m, além do revezamento 4x100, na categoria T46, para atletas lesionados e amputados em membros superiores.
O fato de não competir na prova na qual é especialista, não preocupa o velocista alagoano. “Não me preocupa porque eu tenho de estar preparado para tudo. Então, vou correr as provas que tiver pela frente e buscar medalhas com a mesma vontade”, disse o atleta que ainda falou da emoção de estar em casa, afastando inclusive, a pressão de ser um atleta local. “A emoção é muito grande. É como se estivessem organizando uma festa e o aniversariante fosse eu. Não vejo como pressão correr em casa. Acho que quando a torcida começar a gritar e cantar, será um incentivo. Peço que os alagoanos torçam bastante. Quero fazer bonito e levar medalhas para casa”, concluiu.