Em recente entrevista à imprensa, ao avaliar o cenário político, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), demonstrou preocupação em fazer uma boa base de vereadores em Maceió. O chefe do Executivo avalia que os partidos da base do Palácio República dos Palmares não devem pensar apenas no apoio ao pré-candidato a prefeito Cícero Almeida (PMDB), mas na importância da aliança para eleger parlamentares-mirins.
Almeida - que se licenciou do cargo de deputado federal para fazer sua pré-campanha ao lado do governador Renan Filho - deve aglutinar, em sua base de apoio, a maioria das siglas que estiveram ao lado do chefe do Executivo estadual na campanha de 2014. Ao que tudo indica, dos partidos palacianos, apenas o PT deve lançar candidato próprio: o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT). Ao menos é o que tem defendido os petistas, dentre os quais o secretário estadual Joaquim Brito.
Porém, de acordo com Renan Filho, além da sustentação garantir a Almeida tempo de televisão e um ampla aliança que demonstra força, é preciso também se pensar que é com este grupo que se busca ocupar o maior número possível de cadeiras no Legislativo municipal da capital alagoana. O PMDB, partido do governador e de Almeida, possuem atualmente três vereadores: Antônio Holanda, Galba Neto e Silvânio Barbosa.
Estes devem buscar a reeleição.
Além deles, os demais pré-candidatos que se encontram nos “partidos palacianos”. É possível se notar a preocupação do PMDB de querer fazer “barba, cabelo e bigode”. Ou seja: além do futuro prefeito de Maceió, do já então governador e da maioria na Assembleia Legislativa, também ter ampla maioria na Câmara de Maceió, que é a casa legislativas municipal mais importante do Estado, por ser justamente a da capital.
O presidente da Câmara de Maceió, Kelmann Vieira, que era tido como peemedebista de futuro abandonou o partido e foi para o ninho tucano diante do fato da aliança entre o governador Renan Filho e o prefeito Rui Palmeira (PSDB) não ter se consolidado.
O problema é que na briga pelas cadeiras do parlamento-mirim o bloco liderado por Rui Palmeira se apresenta muito forte. A futura coligação liderada pelo PSDB (caso assim se permaneça) espera eleger 10 vereadores. São cinco tucanos com mandato. Além deles, estão no grupo quatro pepistas, dois democratas e os nomes que não possuem mandatos, mas se apresentam como candidatos fortes.
Desta forma, além de polarizarem a disputa no guia eleitoral, os blocos liderados por Rui Palmeira e Cícero Almeida também pretendem abocanhar o parlamento-mirim. Vale ressaltar que, nestes casos, os “chapões” se transformam em ambientes de disputas internas pela busca da cadeira de vereador, já que entra em cena a matemática do cociente eleitoral. Um cálculo que os partidos fazem com todo cuidado do mundo tentando prever as votações de suas estrelas e dos poca-urnas.
Para Renan Filho, como afirmou em entrevista à jornalista Maria Allyny Torres, o grupo sair unido também na disputa pelas proporcionais é a melhor estratégia para montar uma chapa forte capaz de eleger vários vereadores. Cícero Almeida tem anunciado que terá ao seu lado 17 partidos. Dentre eles, além do PMDB, PSD, PTB, PMB, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PEN, PT do B, PMN, PPL e PV.
Com Rui Palmeira, estão - além do “ninho tucano” - o PP, o Democratas, o Solidariedade, o PR e o PDT.
Distante destes grandes grupos, há os partidos que correm por fora. Um deles é o PSB que tem como pré-candidato e deputado federal João Henrique Caldas, o JHC. Ele já tem o apoio do PSL. O PSOL lança o professor Gustavo Pessoa. Estes, com bem mais dificuldades na busca pelo cociente na disputa proporcional.
Estou no twitter: @lulavilar