A alta dos produtos nas prateleiras dos hipermercados e supermercados teve reflexo direto na diminuição do consumo com o desenrolar da crise financeira em todo o país. Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que mais de 14 mil estabelecimentos fecharam suas portas somente no período de janeiro a abril deste ano. 

Alagoas foi um dos estados do Nordeste que apresentou uma baixa no número de supermercados fechados nessa mesma época, registrando um marca negativa 44 estabelecimentos de varejo de hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo fechados.  

No final do ano passado, os consumidores alagoanos sentiram o encerramento das atividades da  tradicional loja do HiperBompreço, na Avenida Buarque de Macedo, anunciado pelo Grupo Walmart, que além dessa loja fechou outras. 

Leia mais: Grupo Walmart confirma o fechamento de outras unidades da rede em Alagoas.  

De acordo com a CNC, não há nos últimos 15 anos registro de queda tão acentuada para este período do ano quanto a de 2016. Oito dos dez segmentos do comércio varejista no conceito ampliado acusaram perdas recordes  no início do ano, destacando-se negativamente os ramos de móveis e eletrodomésticos (-17,0%) e equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-16,8%), segmentos dependentes das condições de crédito e confiança atualmente sobremaneira deterioradas. 

O estudo mostra ainda que o impacto dos fechamentos desses estabelecimentos tem reflexo direto com o número de desempregados.  "Portanto, do ponto de vista dos pontos de vendas, o ano de 2016 tem se mostrado ainda mais desafiador que o ano passado para o principal gerador de receitas e empregos do setor", descreve a pesquisa. 

Todas as unidades da Federação registraram quedas no número de lojas com essas características. Em termos absolutos, os Estados de São Paulo (-4,1 mil), Paraná (-1,6 mil) e Minas Gerais (-1,5 mil) foram os maiores destaques no período. Entretanto, em termos relativos, as maiores retrações se deram no Amapá (-13,4%), Amazonas (-11,4%) e Espírito Santo (-11,0%). 

*Com informações da CNC