Fascista! Nazista! Vá estudar!

15/06/2016 12:48 - Bene Barbosa
Por redação
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Quando o dr. Martim Almeida Sampaio, advogado e presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB, iniciou sua participação no debate promovido pela rádio Jovem citando Karl Marx e culpando a concentração de renda como responsável pela criminalidade no Brasil, eu já sabia o que viria pela frente e onde iríamos parar. Não tardou para o meu antagonista me chamar de nazista, fascista e me mandar estudar. Havia acabado qualquer possibilidade de um debate respeitando a proposta inicial de discutir seriamente a legislação de armas no Brasil. Entrava em vigor a Lei de Godwin!

Para quem não sabe, essa “lei” foi criada com base em uma afirmação feita em 1990 pelo advogado americano Mike Godwin que afirmou: “À medida em que cresce uma discussão, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo Adolf Hitler ou o nazismo aproxima-se de 1 (100%)”. Na prática, quando isso acontece, demostra que o debatedor não possuiu mais nenhum argumento para apresentar e, derrotado, apela para o que o filósofo Arthur Schopenhauer definiu como “rótulo odioso” em seu livro “Como vencer um debate sem precisar ter razão” ou ainda para o reductio ad Hitlerum cunhado pelo filósofo Leo Strauss.

O defensor dos “Direitos Humanos” foi mais longe e mais baixo. Comparou a política de encarceramento aos campos de concentração nazistas. Provavelmente o advogado acha que aquele mostro que estuprou e arrancou o coração de uma menina de 10 anos em Minas Gerais merece a mesma compaixão que menina Anne Frank que viveu dois anos escondida e morreu no campo de Bergen-Belsene. O “crime” dela e outras milhões de pessoas foi tão somente ser judia. Mui humano o nobre representante da OAB.

Outro ponto interessante é que ele afirmou que o cidadão, em vez de comprar uma arma para sua defesa deve cobrar o Estado em seu dever de proteger... Hummm... Devemos imaginar que os filhos e netos dele estudaram ou estudam em escolas públicas enquanto ele briga por uma educação de qualidade. Devemos imaginar também que ele utiliza o SUS abrindo mão dos caros convênios e hospitais particulares. Socialismo nos olhos dos outros é refresco, né?

Tive ainda que esclarecer que Hitler, que o debatedor disse ser representante máximo da direita, era do Partido Nacional SOCIALISTA dos TRABALHADORES Alemães, bem como ferrenho defensor do total controle de armas pelo Estado. Controle e monopólio estatal defendido por ele e não por mim! Controle estatal presente no fascismo de Benito Mussolini e traduzido pela frase: “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado”. Depois eu é que sou um nazifascista que precisa estudar.

A íntegra do debate pode ser assistida aqui

 

 

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