De acordo com o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB), está disposto a negociar as dívidas dos estados, incluindo Alagoas, obviamente.

Este será um dos assuntos mais importantes da reunião dos governadores do Nordeste, que ocorre em Maceió e é capitaneada pelo governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB).

No caso de Alagoas, a dívida pública ultrapassa a casa dos R$ 9 bilhões. Com juros simples, o valor é de R$ 919 milhões.

O peemedebista de Alagoas quer estreitar laços com o governo federal e tomou a dianteira na tentativa de construir uma união entre os estados nordestinos. Um dos pontos é negociar as dívidas com o novo governo.

Meirelles parece ter ouvido o recado. Coincidentemente ou não, falou sobre o assunto no dia de hoje.  De acordo com o ministro, os governos estaduais terão que primeiro tomar “medidas duras” de ajustes em suas próprias contas, para então começar a renegociação das dívidas.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin é relator de três mandados de segurança em relação ao cálculo das dívidas dos estados perante a União. O governo federal – com a renegociação – pode perder mais de R$ 6 bilhões com estas liminares.

Meirelles diz que a proposta de Michel Temer é “equacionar a questão” dentro do que chamou “limitações do governo federal”. “É preciso que os estados também tomem medidas duras. Vamos fazer as contas, porque tudo tem um custo, o aumento do déficit e da dívida”, salientou.

O ministro da Fazenda tem tido um desafio imenso: encontrar dinheiro para manter políticas e ações do governo diante de um déficit orçamentário que pode chegar a R$ 150 bilhões, como já anunciou o próprio presidente interino Michel Temer.  Resultado do desastre do desgoverno petista.

Henrique Meirelles quer que o governo federal não pague sozinho promovendo medidas impopulares. Busca uma união com os Estados para dividir responsabilidades.

As declarações de Meirelles deve ter impacto na reunião dos governadores do Nordeste. “Já é um passo seguinte de medidas estruturais nos estados. Mas não vamos anunciar medidas bombásticas no primeiro , segundo ou terceiro dia, que depois criem frustração”.

A situação mais crítica são os Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Eles falam em até suspensão ou moratória, de um ano de pagamento de juros da dívida com a União. 

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