Na quinta-feira, dia 19, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB) se reúne com os governadores do Nordeste. O encontro vai se dar em solo alagoano. O objetivo é traçar uma pauta para o início de uma conversa com o presidente interino Michel Temer (PMDB).
Renan Filho coloca que esta pauta precisa ser “organizada”. O peemedebista alagoano parece ter pressa para pavimentar o entrosamento com o governo federal. Como será a receptividade de outros governadores? Cito um em especial: Flávio Dino (PCdoB) no Maranhão.
De acordo com o chefe do Executivo estadual de Alagoas, trata-se de um “reposicionamento”. Para bom entendedor, meia palavra basta. O aliado de Dilma Rousseff (PT) já se direciona para o entendimento e alinhamento como governo federal que é de seu partido, ainda que existam as divergências notórias entre o senador Renan Calheiros (PMDB) e Michel Temer.
Em relação à pauta, Renan Filho diz que vai discutir – entre os temas – a situação das obras hídricas (quando eu falei desta reunião em texto anterior, antecipei a preocupação do governo com a continuidade do Canal do Sertão), as obras do PAC e o Minha Casa, Minha Vida.
Este último, uma preocupação que o ex-secretário de Trabalho, Rafael Brito, já chamava a atenção desde 2015, em função da importância para aquecer o setor da Construção Civil e gerar empregos.
Por fim, ainda entra na pauta a dívida pública. Renan Filho se antecipa na construção desta agenda. Terá, evidentemente, os louros políticos disto. De bobo, o governador não tem nada!
“O foco será buscar benefícios para o Nordeste e soluções para Alagoas”, completa o governador, em entrevista ao órgão oficial do governo. Os afagos a Temer também já começam a nascer do governo Renan Filho. O governador diz acreditar na “facilidade com o governo federal” e no “tratamento republicano às questões estruturais”.
“Essa questão não se resolve de forma pontual. Ou se dá uma solução geral ou não vai haver uma solução no que concerne à dívida, aos programas e obras que precisam continuar. É lógico que precisamos pressionar para que o governo federal se posicione e inclua isso nas prioridades”, diz ainda o governador.
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