Depois de quase um mês em greve os policiais civis decidiram, nesta sexta-feira (13) encerrar a paralisação. A categoria tomou a decisão após o governo garantir que iria anistiar os processos administrativos em aberto contra os integrantes do Sindicato da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), Josimar Melo, a proposta de anistiar os processos administrativos abertos contra os membros do sindicato durante a greve foi apresentada pelo secretário de Segurança Pública, coronel Lima Júnior, e pelo delegado-geral Paulo Cerqueira, durante reunião na noite desta quinta-feira (12).

A proposta foi aceita pela categoria e os policiais retornam ao trabalho ainda hoje. “Hoje pela manhã o secretário ligou para gente garantindo a anistia dos processos administrativos e dissemos que essa seria a condição para aceitar o acordo”, disse.

Numa audiência de conciliação na última quarta-feira (11) no Tribunal de Justiça entre governo e sindicato, o Executivo manteve a proposta de disponibilizar uma cota de R$ 300 mil para pagar as progressões retroativas, implantar as progressões ainda pendentes até dezembro e apenas discutir o reajuste salarial em agosto.

A greve

A Polícia Civil está em greve desde o dia 18 de abril e encaminhou ao governo uma pauta de reivindicações cobrando a implantação do piso salarial correspondente a 60% dos vencimentos dos delegados, a revisão do Plano de Cargos e Carreiras, pagamento de risco de vida e insalubridade, melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

Por conta das negativas nas negociações, os policiais chegaram a acampar na entrada do Porto de Maceió durante quase uma semana. A Justiça chegou a decretar a ilegalidade da greve e decidir pela desocupação da entrada do Porto, mas os grevistas mantiveram a paralisação e só desocuparam o local no dia 29 de abril.

Os agentes de polícia e escrivães também decidiram cruzar os braços no dia 04 após o governo recuar da proposta apresentada para garantir um aumento salarial de 15%.