Em nova etapa da FPI do São Francisco, as fábricas de Iogurte Tantty, em Palmeira dos Índios, e o laticínio Santa Isabel, em Cacimbinhas, foram novamente interditadas. Elas foram fechadas na última etapa da FPI, em novembro do ano passado, e receberam as devidas orientações para a regularização. Porém, as empresas não buscaram os órgãos competentes e reabriram as portas com as mesmas irregularidades. Durante os trabalhos, 300 quilos de produtos foram apreendidos.
Na fábrica de Iogurte Tantty, foi constatado que os produtos continuavam sendo fabricados com selo falsificado. O responsável pelo estabelecimento foi conduzido para a delegacia regional de Palmeira dos Índios, onde foi realizado o flagrante pelos crimes de desobediência e de falsificação de selo oficial.
O IMA lavrou auto de infração por funcionar a empresa sem licença ambiental. O órgão também promoveu a Interdição do local. Já o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) registrou um Comunicado de Ocorrência Policial (COP) por falsificação de selo público, desobediência e fazer funcionar atividade potencialmente poluidor sem autorização de órgão competente.
Laticínio em Cacimbinhas
O segundo alvo foi flagrado construindo uma fábrica de laticínios no meio da Caatinga. Constataram-se péssimas condições de higiene onde já estava acontecendo a fabricação de queijo de manteiga. O IMA lavrou dois autos de infração contra o laticínio Santa Isabel: por funcionar sem licença ambiental e por fazer uso de lenha sem comprovação de origem.
A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) inteditou a fábrica e também lavrou auto e infração e de apreensão. O BPA também aplicou penalidade e o COP foi confecionado em função da poluição praticada contra o meio ambiente.
Apreensões
Na fábrica Tantty foram apreendidos 300 quilos de iogurte e de doce de leite. Já no laticínio, o recolhimento foi de 100 quilos de creme de leite, 36 quilos de queijo, 20 quilos de manteiga, 110 quilos de massa para produzir queijo e seis metros cúbicos de lenha.
No Santa Isabel foi o local onde ocorreu o flagrante mais grave. Veneno de formiga estava guardado em cima das sacas de farinha e trigo e a manteiga era armazenada dentro de um balde de graxa lubrificante.
Além disso, a Adeal chamou atenção para um outro fato, o queijo estava recebendo farinha, ou seja, o produto era fabricado de forma adulterada. E essa adulteração tem mais um agravante, quem consome esse queijo e tem alergia a glúten pode sofrer as reações próprias e quem tem intolerância à substância. Todos os produtos apreendidos serão encaminhados para incineração.