O alagoano eleito deputado federal Maurício Quintella (PR) já deu sua primeira entrevista como novo ministro dos Transportes do governo do presidente Michel Temer (PMDB). O parlamentar, que com o afastamento abre vaga para Nivaldo Albuquerque (PRP), adotou o discurso de privatizações e concessões.
De acordo com Quintella, o primeiro passo é uma avaliação conjunta com o Planejamento e Fazenda para saber da real situação do Ministério e “confrontar com o que se pretende e se adequar à realidade do país”.
“Em relação à infraestrutura, faremos um esforço grande para concessionar e privatizar o que for possível. Mas, para isso, depende muito da confiança do mercado, porque é preciso ter um interessado”, coloca Quintella.
Reduzir o Estado neste sentido para garantir melhores serviços e infraestrutura para o desenvolvimento pode ser um importante passo.
“Na aviação civil, já temos quatro aeroportos encaminhados para concessão, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis, e alguns também no interior de São Paulo. Nós deveremos acelerar isso onde for possível e onde houver viabilidade técnica e econômica”, salienta ainda.
Que Quintella também consiga olhar para a situação do Aeroporto de Alagoas, que sofre com a estrutura oferecida aos passageiros. Vale salientar o quanto o Estado depende do Turismo.
Em entrevista ao O Globo, Quintella é indagado sobre o plano de concessões do governo anterior. Ele acredita que será ampliado. “A fala do núcleo mais próximo de Temer vem com esse discurso de que vamos avançar no máximo que pudermos as privatizações e concessões. Não posso precisar ainda o quê, mas a ideia é essa. É garantir investimentos o mais rápido possível. Se temos restrição fiscal no Brasil, temos de procurar parceiros. Mas, ao sairmos para procurar esses parceiros, temos de melhorar a confiança e a estabilidade por aqui. Esperamos fazer isso com as medidas que serão tomadas e que, sem dúvida, o Congresso vai aprovar, o mais rápido possível. Isso é a curto prazo”, diz.
O novo ministro lembra que a situação de crise econômica tem tornado os recurso escassos. “A gente precisa saber qual é a situação real, se esse orçamento tão limitado vai se confirmar ou se nós vamos ter perspectiva de incremento de orçamento durante o ano. Vamos priorizar os trechos de rodovias e ferrovias mais importantes, mas tudo vai depender de orçamento. Na área de portos, eu ainda não conversei com as pessoas de lá para saber”.
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