A safadeza política engembrou mesmo a administração pública do pobre município de Tanque D’Arca, no agreste alagoano. No ano passado chegou até virar chacota a roubalheira na Prefeitura, depois que nacionalmente o programa Fantástico da Rede Globo, exibiu matérias comprovando o crime, sobretudo de notas frias e um prefeito colocando dinheiro nas meias de propinas oriundas de um empreiteiro.
A história é assim: No começo deste ano, a Câmara cassou os mandatos do prefeito Roney e seu vice Valdemir, eles que até então estavam afastados. Essa dupla a partir de 2013, começou a se revezar na Prefeitura num entra e sai sem igual, por problemas de improbidades administrativas. Por conta disso, foi que em 2015, o município ficou sob comando administrativamente do presidente da Câmara, Antônio Teixeira ( o homem da meia). Nesse imbróglio todo, a Justiça resolveu determinar que houvesse eleição indireta, fato que até agora não ocorreu desde janeiro
É que na semana passada, quando tudo estava sendo preparado para o agendamento do pleito eleitoral, surgiu uma denúncia de que Antônio Teixeira (o forte candidato ao cargo oficial de prefeito) já despontava nesse curto período de seu governo interino, com um patrimônio de mais de dois milhões de reais. Por conta disso, a Justiça o afastou, a fim de averiguar toda denúncia, sobretudo, vasculhando sua situação nos cartórios da região e contas bancárias. Moral da história: a Prefeitura hoje é comandada pelo vice-presidente da Câmara, José Luiz; que passa a ser o quarto homem a dirigir essa desastrosa gestão, podendo aparecer um quinto nesses oito meses que restam; desde que aconteça a eleição indireta, envolvendo somente a bancada Legislativa municipal.