O governo do Estado de Alagoas,  por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), se pronunciou sobre a situação da greve dos policiais civis. A categoria está paralisada e cobra um reajuste da ordem de 60%.

Como forma de pressionar o governo, os policiais ocuparam o Porto de Maceió, que nada tem a ver com a história, registre-se. Lamentável a decisão da categoria, que causou um prejuízo de aproximadamente 100 mil dólares por dia de ocupação.

Acertadamente a Justiça interviu. Mas ainda há diálogos na busca pela desocupação. Criticar a invasão do Porto não é ser contra a pauta dos policiais civis. De forma alguma. A categoria tem que ser bem remunerada, evidentemente, e é preciso se reconhecer o trabalho importante dos agentes da Polícia Civil.  A pauta é justa. A ocupação é que não.

É lamentável que o Porto esteja pagando uma conta que não é dele.

Mas, retornemos à nota da Seplag. O governo afirma que os diálogos com os policiais estão sendo feitas com base na transparência, diálogo e, principalmente, respeito à categoria.

Porém, há um impasse. Diante da atual crise econômica e do esforço que o Estado faz para não atrasar salários, o recado é dado: o reajuste solicitado pelos policiais, que causa – segundo o governo do Estado – um impacto de 172,68% na folha salarial do Executivo, é inviável.

Ou seja: qualquer contraproposta vai surgir com um percentual bem menor que aquele solicitado pela categoria. A Secretaria diz que segue atendendo os servidores públicos na Mesa de Negociação.  “Por este motivo, coloca-se à disposição do Sindpol, bem como de todas as outras categorias, para que, juntos, Governo do Estado e sindicatos, alcancem um entendimento sobre o reajuste solicitado”.

“O Governo ressalta que, mesmo diante da crise financeira que atinge o País e, consequentemente o Estado, tem honrado seus compromissos com a sociedade alagoana e o funcionalismo público estadual, mantendo o pagamento dos salários em dia, diferentemente do que vem ocorrendo em diversos outros estados da Federação”, afirma ainda a nota.

Não é um diálogo fácil. O Executivo clama “pelo bom senso da categoria e lamenta os atos extremos praticados, que só trazem transtornos e prejuízos à sociedade”.

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