A direção do Porto de Maceió já ingressou com uma liminar na Justiça pedindo a desobstrução da entrada da estação portuária para que os caminhões possam fazer a carga e descarga de mercadoria. O prejuízo gerado pela manifestação realizada nesta quarta-feira (27) gira em torno de 100 mil dólares por dia.
O administrador substituto, Roberto Leoni, afirmou que a direção recebeu a manifestação com certa surpresa, tendo em vista que a reivindicação dos policiais civis não integra as atividades do Porto. Mesmo com a situação, os policiais civis afirmam que somente sairão do local depois de uma negociação com o Governo.
“Os policiais civis vão continuar no acampamento em frente ao Porto de Maceió até que o governador Renan Filho apresente uma proposta concreta dos 23 itens da pauta de reivindicações, em destaque, o piso salarial de 60% de remuneração dos policiais civis, o pagamento das progressões, o pagamento retroativo das progressões, o pagamento do risco de vida e a insalubridade”, revela o presidente do Sindpol, Josimar Melo.
Dois navios estão atracados e aguardam o fim da manifestação para fazer a descarga da mercadoria. “Essa greve para nós é totalmente temporânea, pois não estamos ligados ao Governo do Estado. Somos uma entidade federal. Isso não tem nada haver com os nossos depósitos”, colocou Leoni.
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A liminar foi impetrada ainda na noite desta terça-feira (26), quando os policiais civis ocuparam o local. A direção do Porto aguarda as negociações do Governo do Estado e a categoria, como também a decisão da liminar.
Na manhã desta quarta-feira (27), a fila de caminhões, que esperam para entrar no Porto, já estava nas imediações do Memorial da República, em Jaraguá. A reclamação dos motoristas tem sido grande, tendo em vista que muitos passaram dias de viagens para chegar ao Porto e descarregar.
O Governo afirmou em nota que o reajuste pedido pela categoria é inviável e incompatível com a realidade do Estado.