Vários deputados federais usaram suas redes sociais e a imprensa para declarar seus posicionamentos diante da admissibilidade ou não do processo de impeachment contra a presidente da República Dilma Rousseff (PT). O processo passou pela Comissão Especial de Impeachment na última segunda-feira (11), pelo placar de 38 votos favoráveis ao relatório que concluiu pela abertura do impeachment, contra 27 votos de deputados que defendiam seu arquivamento. No próximo domingo (17) o processo será votado pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Se não for aprovado, o processo é arquivado. Se aprovado, o processo segue para o Senado Federal, quando este deverá votar a admissibilidade ou não do processo. Se não aprovar a admissibilidade, o processo será arquivado, mas se aprovar a presidente será afastada do exercício do mandato por até 180 dias, quando passará pelo julgamento dos Senadores.

A presidente Dilma é acusada de crime de responsabilidade por usar dinheiro de bancos estatais para pagar programas sociais – as tais pedaladas fiscais; assim como usar decretos para abrir créditos suplementares para o governo federal sem prévia aprovação legislativa, além do percentual previsto na Lei Orçamentária.

Cícero Almeida (PMDB) - FAVORÁVEL

“Nunca estive indeciso em relação ao meu voto pró-impeachment. Fui o primeiro deputado alagoano a assumir publicamente através das redes sociais, que estaria votando pelo impedimento da presidente Dilma. Jamais indiquei alguém ou fui indicado para qualquer cargo do governo federal. Pois não se trata de disputa política, e sim, de buscar o melhor para o povo brasileiro. Sou do povo, estou com o povo, e reafirmo minha posição. Sou a favor do impeachment”

JHC (PSB) - FAVORÁVEL

“Nosso posicionamento é sim pela instauração do impeachment. A luta, no entanto, não para aí. Precisamos aproveitar este momento para expurgar da vida pública outros personagens que mancham as instituições. É uma luta que não tem lado, nem cor, uma luta pela moralização do Estado brasileiro e pelo respeito com os cidadãos e o dinheiro do contribuinte!”

Marx Beltrão (PMDB) – FAVORÁVEL

"Diante da impossibilidade da convocação de eleições gerais, proposta que tenho defendido constantemente como saída para a crise política e retomada da governabilidade, meu voto será a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Esse posicionamento reflete minha extrema preocupação com a crise galopante que atinge diretamente o trabalhador e as famílias mais carentes"

Maurício Quintella (PR) – FAVORÁVEL

“Saí da base, renunciei a liderança e fiquei livre para trabalhar e votar favorável ao impeachment em plenário. Avançamos bastante e posso dizer (mesmo não sendo um cigano) que o impeachment virá e com força”

Paulão (PT) – CONTRA

“A oposição é golpista. Não aceita o estado democrático de direito e as regras democráticas. Por isso, com muita serenidade, não tenho dúvida. No domingo, esta Casa vai dar um recado ao Brasil: Não vai ter golpe. É preciso garantir o sentimento do povo de respeitar as leis e o Estado Democrático de Direito. Por isso, não vai ter golpe”

Pedro Vilela (PSDB) – FAVORÁVEL

“É preciso que os parlamentares entendam o crime cometido pela presidente e não compactue com isso. A cobrança da sociedade é muito importante neste momento. A presidente Dilma já perdeu sua governabilidade e total capacidade de superar a crise instalada em nosso País. Agora precisamos ir adiante e avançar cada vez mais. Não é golpe, é impeachment , é constitucional”

Arthur Lira (PP) – FAVORÁVEL

“O PP, por maioria esmagadora, decidiu votar a favor do impeachment e entregar os cargos no governo. Eu voto com o partido. Voto favorável (ao impeachment)”

Givaldo Carimbão (PHS) – CONTRA

“Votar a favor do impeachment seria rasgar a minha biografia. Na minha história de vida, nunca abandonarei os meus ideais e os meus companheiros. Estou onde estive, ou seja, ao lado das forças progressistas, dos movimentos humanistas, dos movimentos sociais, em respeito às minorias, em defesa das garantias constitucionais, na defesa intransigente da democracia, da liberdade e do Estado Democrático de Direito. E continuarei aqui”

Ronaldo Lessa (PDT) – NÃO REVELOU