A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) afirmou, em discurso no Plenário da Câmara, que a jovem democracia brasileira está sendo ameaçada e que os comunistas estão novamente ao lado de um governo perseguido por corruptos. “Pessoas acusadas de corrupção estão querendo dar um golpe numa presidenta honesta”, disse. Ela acrescentou que o discurso contra a corrupção foi usado novamente para um golpe, da mesma forma que contra Getúlio Vargas e João Goulart.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) lembrou o olhar da imprensa internacional, que enxerga o processo de impeachment como golpe, lembrando que os acusadores da presidente Dilma Rousseff são réus por corrupção e usam subterfúgios para chegar ao poder. “Crime de responsabilidade não há, e uma mulher que entrou pela porta da frente não sairá agora pela porta do fundo, sairá em 2018 após cumprir seu mandato, e o povo brasileiro há de eleger outra vez nosso projeto popular”, disse.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) frisou que o povo se organiza ocupando praças, ruas e universidades com milhares de trabalhadores em defesa da democracia. Movimentos de luta por causas sociais, que defendem a permanência da presidente em seu cargo. “Se é verdade que tempos sombrios chegam nesta Casa, a consciência democrática também despertou”, disse.

O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) ressaltou que a análise deve ser feita sobre os fatos e crimes de que a presidente Dilma é acusada. Ele criticou quem fala que deve votar pelo impeachment com outra justificativa. “Não há um indicativo de crime ou ato de corrupção contra a presidente, e por isso não pode haver impeachment”, declarou.

Para a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), os acusadores da presidente Dilma são acusados de crimes “muito mais graves que os que foram criados para justificar um impeachment que é tramado dos gabinetes”. “Apelo a todos, mesmo os que não gostam desse governo, para que apoiem que o ciclo democrático se complete, com novas eleições em 2018”, disse.