Um das surpresas da Comissão de Impeachment – que aprovou o relatório pelo impedimento do mandato da presidente da República, Dilma Rousseff (PT) – foi o posicionamento do deputado federal Maurício Quintella (PR), que além de líder de seu partido, era membro deste colegiado.
Quintella figurava entre os parlamentares indecisos, mas, pouco tempo antes do início da votação, divulgou por meio de suas redes sociais que deixa a liderança do PR para votar favorável ao impeachment da presidente em plenário.
Vale lembrar: o impeachment deve ser votado no próximo domingo.
Maurício Quintella – mesmo fora da liderança – poderia votar na Comissão pela admissibilidade do relatório do impeachment, mas não votou. Nem contra, nem favorável. Então, da mesma forma que chamou a atenção ele ter assumido o posicionamento, chamou atenção a sua ausência na Comissão.
Ainda na noite de ontem, 11, indaguei Quintella sobre o assunto. “Eu não poderia, deveria, orientar como líder e votar contra a orientação do partido. Não seria correto. Agora, estou livre”, salientou o parlamentar alagoano. O deputado federal ainda afirmou que deve fazer discurso em plenário, no dia de hoje, 12, e que entra na luta para conseguir votos pelo impeachment.
Em suas redes sociais, Maurício Quintella também se pronunciou. “Há muita gente me perguntando porque não votei na Comissão do Impeachment. Explico: naquele momento não era correto da minha parte, ainda como líder orientar e votar contra a orientação partidária”. É basicamente a mesma explicação que me deu.
“Renunciei a liderança e fiquei livre para trabalhar e votar favorável ao impeachment em plenário. Meu voto (na Comissão) não mudaria nada. Meu posicionamento gerou confiança na vitória e ampliamos a diferença na Comissão”, complementou.
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