Conversei - na noite de hoje, dia 12 - com o deputado federal Arthur Lira (PP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Deputados. Indaguei ao parlamentar do PP se ele acompanharia o partido, já que a sigla rompeu - no dia de hoje - com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

O PP, portanto, não mais faz parte da base aliada. O deputado federal Arthur Lira foi enfático na resposta: “O PP, por maioria esmagadora, decidiu votar a favor do impeachment e entregar os cargos no governo. Eu voto com o partido. Voto favorável (ao impeachment)”, salientou Lira. 

Com o voto de Lira definido, o placar do impeachment na bancada alagoana da Câmara de Deputados fica o seguinte, levando em consideração apenas os votos declarados: Pedro Vilela (PSDB), João Henrique Caldas, o JHC (PSB), Maurício Quintella (PR) e Arthur Lira (PP) são favoráveis ao impeachment. Paulão (PT) e Givaldo Carimbão (PHS) votam contra a saída da presidente Dilma. 

Os deputados Marx Beltrão (PMDB), Cícero Almeida (PMDB) e Ronaldo Lessa (PDT) ainda não declararam seus votos. Informações de bastidores dão conta de que Almeida também votaria pelo impeachment. Em entrevista a este blogueiro, Almeida disse que votará em acordo com suas últimas posições (que foram de críticas à presidente), mas não queria expor voto para não se envolver em polêmicas.

Marx Beltrão diz não estar indeciso, mas que revelará o voto em breve. É aguardar. 

De acordo com o Diário do Poder, o PP decidiu por aclamação. “Será orientação da bancada favorável ao impeachment e isto nos dá cerca de 40 votos”, afirmou o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), um dos maiores articuladores do desembarque.

Os grupos de oposição ao governo acreditam terem chegado a 340 votos. São necessários 342 para o impeachment da presidente ser encaminhado ao Senado. A notícia - obviamente - agrava a situação de Dilma.

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