O capitão Rodrigo Rodrigues, lotado no Batalhão de Polícia de Rádio Patrulha (BPRp) que morreu na noite desse sábado (8), durante ocorrência em Maceió, foi sepultado no final da tarde deste domingo (10), no Campo Santo Parque das Flores, no Tabuleiro do Martins.
Com honras militares e sob forte comoção, familiares, amigos e companheiros de farda deram o último adeus ao oficial. Agentes da Segurança Pública do estado de Sergipe também estiveram no enterro. Um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobrevoava a região.
O corpo do capitão foi velado no Museu Palácio Floriano Peixoto, no Centro de Maceió. O translado ao cemitério foi feito no caminhão do Corpo de Bombeiros (CB).
O caso
O oficial foi morto no sábado (09), durante um processo de investigação no bairro da Santa Amélia. O PM apurava uma denúncia de produtos roubados numa casa, quando foi alvejado a tiros pelo suspeito e proprietário da residência.
Após ser atingido pelos disparos, o militar foi encaminhado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
Em operação conjunta, as Polícias Militar e Polícia Civil conseguiram prender o acusado em Maceió. A arma do crime foi encontrada.
O capitão Rodrigo Rodrigues fazia parte da do Batalhão de Rádio Patrulha e estava de serviço, apurando uma denúncia de aparelho eletrônico roubado na residência situada no bairro da Santa Amélia e teria se sentido incomodado com o procedimento, efetuando disparos que vieram a matar o PM.
Porte vencido
O coronel Marcos Sampaio Lima, comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, declarou, que o acusado do assassinato, Agnaldo Vasconcelos, estava com seu porte de arma vencido há pouco tempo.
Em entrevista à imprensa, o comandante disse ainda que o delegado Ronilson Medeiros, da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), solicitou o exame toxicológico do suspeito. “Nós queremos saber se ele estava sob o efeito de álcool ou drogas”.
Visivelmente abalado com a perda do companheiro, Marcos Sampaio afirmou que o militar morreu cumprindo o juramento que fez: defender a sociedade alagoana.
“A Corporação lamenta profundamente o caso. Eu abdicaria da minha posição, como comandante-geral da PM, para que não tivesse acontecido esta situação”, ressaltou. O chefe da instituição frisou que houve bastante cautela durante a ocorrência. “Apresentamos o acusado sem nenhuma lesão. Isso mostra que temos uma Polícia preparada”.
Luto
O governador de Alagoas, Renan Filho, lamentou o fato através das redes sociais e declarou um luto oficial de três dias. “Vamos continuar trabalhando pela paz! Todo aparato de segurança pública está triste, mas vai seguir em frente em defesa do alagoano”, postou o chefe do Executivo.
*colaborador