Li, nas redes sociais e no blog do jornalista Odilon Rios (do Repórter Alagoas), que um professor - em Maceió - foi agredido fisicamente por ser do PT. Não sei detalhes do caso. Mas, não é ausência de detalhes que me levará ao silêncio. De forma alguma.

Não sou de esquerda. Não sou petista. Tenho divergências homéricas com o pensamento de esquerda e contra qualquer um pensamento intervencionista e de planejamento centralizador de uma sociedade utópica. Descambam sempre para cadáveres e mais cadáveres. A história mostra. De Stalin até aqui, são muitos os exemplos. Até mesmo antes se pode encontrar exemplificações. Não aprofundarei nisto.

Quando defendo que o bom combate é no campo das ideias, exerço isto n prática. O que eu digo não tem relativismo não: ninguém pode ser agredido fisicamente em função do que defende. Eu discordo do professor e de suas convicções políticas. Vou discordar sempre. Inclusive, não entendo como professores de história possam ainda defender o comunismo.

Digo isto e debato as minhas ideias com qualquer um. Vejo o PT como o pior partido político desse país, apesar de saber que todos abrigam ladrões e todos os ladrões devem ser combatidos. O PT descambou – entretanto – para a corrupção institucionalizada e corrompeu ainda mentes e corações na tentativa de criar um discurso hegemônico e só aceitar divergências dentro de seu campo de esquerda, o que é lamentável para qualquer democracia.

No Brasil, se assumir de direita parece assumir o mal para si. O que é um absurdo. Não temo afirmar que sou um conservador moderado com tendências liberais. Sei no que creio e porque creio no que creio.

Mas uma coisa é acreditar (e sei no que acredito e porque acredito) que o professor está errado ao defender uma trolha dessa disfarçada de partido. As ideias dele eu vou combater sempre. Outra é agredir um cidadão por conta de suas convicções. Um absurdo! Se a história que este professor conta é a verdade, ele está certo de prestar queixa e cobrar da Justiça as devidas providências.

Que o esquentadinho pague pelo que fez.

No mais, que os indignados com agressões deste tipo também tenham a mesma indignação quando estiverem diante de seus ídolos incitando ódio e dizendo que tem que pegar em armas, como fez o presidente da CUT; ou "bater em coxinhas" por aí.

Pois já li (nas redes sociais) um historiador defendendo isso aqui: "temos que ir pra rua e bater nos coxinhas assumidos e nos incubados". Como também já vi professor universitário dizendo que conservadores merecem uma boa cova.

De minha parte, defendo que TODO CIDADÃO seja livre para defender o que bem entenda. Se eu achar que a ideia publicizada deste CIDADÃO é uma imbecilidade ou não se sustenta, eu vou rebater com argumentos. E só. Vou buscar, por ordem espontânea e por meio da democracia, convencer que aquelas ideias são absurdas.

No mais, é lamentável este clima criado em que outros são obrigados a temer por suas vidas pelo que pensam.

No ano passado, eu fui alvo de um "militante vermelhinho" mais exaltado. Ele me reconheceu em uma cafeteria e começou a me xingar. Afirmava que era um absurdo eu ter emprego nos veículos de comunicação.

Não gosto de baixaria e me levantei para sair do local. Ele quase me agrediu. A sorte foi que o garçom interveio. Eu fui ao meu carro e deixei o local.

Engana-se quem faz desses fatos um discurso seletivo e ideológico. Há exageros em ambos os lados. E isto é lamentável; é o pior fruto de quem jogou sementes para segregar o país.

O professor petista, diante do que ele diz (e eu não tenho motivos para duvidar dele) tem minha solidariedade. Não por suas ideias, mas pela violência sofrida.

Estou no twitter: @lulavilar