Comentei – logo cedo – sobre as movimentações do senador Renan Calheiros (PMDB) depois do rompimento de seu partido com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Há o Renan dos holofotes; há o Renan dos bastidores.

Calheiros tem trabalhado como um aliado do governo federal, mesmo diante da decisão – por aclamação – do partido o qual faz parte. Isto mostra que Renan Calheiros está de um lado e a maioria do PMDB de outro.

Incialmente, o presidente do Senado Federal bancou o “isento”, mas depois se viu que atuou nos bastidores para que os ministros do PMDB permanecessem no governo de Dilma, mesmo diante do rompimento. Calheiros é o enxadrista.

Agora, o senador peemedebista começa a ser mais enfático na defesa da tese que o PMDB errou feio. Renan Calheiros diz que seu partido fez um movimento que não foi inteligente.

De acordo com ele, o rompimento “precipitou reações em todas as órbitas”. “No PMDB, no governo, nos partidos de sustentação, oposição, o que significa, em outras palavras, dizer, em bom português, que não foi um movimento, um movimento inteligente”.

Calheiros trabalha para que Dilma consiga escapar do impeachment.  Deve, inclusive, ser um obstáculo caso processo chegue ao Senado Federal. Ele já disse – com todas as letras – que até espera que não chegue.  

De toda forma, Renan Calheiros – após o rompimento – já trabalha para que o PMDB tenha postura mais amena e não vire uma corrente de oposição.

Eis mais uma declaração do peemedebista-mor de Alagoas: "a direção do PMDB, evidentemente, que fala pelo partido. Eu jamais, e considero incompatível com a função que exerço, fazer comentários em nome do PMDB. Mas eu não acredito que o PMDB, seja qual for o cenário, vá liderar uma corrente de oposição no parlamento. A maioria parlamentar está tão difícil e será muito mais difícil ainda se dela se ausentar, se afastar o PMDB".

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