De acordo com informações de bastidores, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB) – apesar da reunião com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) , em que foi definida a debandada do PMDB do governo de Dilma Rousseff (PT) – não estará presente na reunião do partido que bate o martelo em relação à saída.

A reunião do diretório nacional do PMDB acontece na tarde de hoje. A decisão do partido – que é a gigante e forte bancada do Congresso Nacional – enfraquece ainda mais a situação da presidente Dilma Rousseff. Praticamente sepulta o governo e faz o impeachment andar ainda mais rápido.

O ex-ministro do Turismo, Henrique Alves, já sinalizou neste sentido. No dia de ontem, entregou o cargo. A tendência é a saída do PMDB por aclamação.

O vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, não devem participar da reunião do diretório nacional do PMDB. Esse foi o entendimento dos caciques, depois que se definiu que a legenda tomará uma posição por aclamação pelo desembarque do governo Dilma.

A expectativa é que a decisão ocorra com a consequente entrega de cargos ocupados por peemedebistas e seus indicados. Em tese, o diretório nacional do PMDB tem 119 integrantes, mas com direito a 155 votos – alguns membros têm direito a mais de um voto, de acordo com o número de funções que acumulam no partido.

Portanto, além da ausência de Renan Calheiros, também será sentida a ausência do vice-presidente Michel Temer. Nas recentes declarações, Calheiros tem cobrado maturidade do PMDB para não partir de vez para a oposição. O senador alagoano é um dos peemedebistas mais ligados ao governo. Sempre trabalhou para manter o partido na situação.

Calheiros sabe das dificuldades que enfrenta e que estas devem aumentar com o PMDB fora do governo. O presidente do Senado Federal  - por exemplo – responde a nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Estes são oriundos das investigações da Operação Lava Jato.

Temer não participa do encontro dos peemedebistas para evitar a “ideia” de que ele comandou o rompimento. Renan Calheiros também se preserva já que – em breve – será peça importante para o andamento do impeachment.  O acordo entre Renan Calheiros e Michel Temer foi definido ontem. 

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