O furacão “Delcídio Amaral” é um evento a mais na tempestade perfeita de Brasília. Depois da gravação envolvendo o ministro Aloízio Mercadante, muita gente está tendo que se explicar sobre os fatos relacionados à delação do senador petista Delcídio do Amaral e sobre as falas do próprio Mercadante, como se ouve em áudio divulgado na imprensa.

Uma destas figuras públicas – citadas nos casos – é o senador Renan Calheiros (PMDB). Um dos personagens da Lava Jato.

O presidente do Congresso Nacional – aliado do PT de Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – já se encontra com a vida bastante complicada: são seis inquéritos abertos contra o peemedebista-mor de Alagoas. Vale salientar: podem ser sete. Renan Calheiros alega inocência em todos.

Em relação aos fatos de hoje, Calheiros frisa – por meio de nota – que nunca foi procurado pelo ministro, Aloízio Mercadante, para tratar de uma suposta moção, a ser apresentada à Justiça, na tentativa de garantir o relaxamento, na época, da prisão do senador Delcídio do Amaral.

A gravação em que Mercadante aparece citando esta moção foi apresentada por Veja, na manhã de hoje. Trata-se de um diálogo gravado pelo assessor de Delcídio do Amaral, José Eduardo Marzagão.

A assessoria de Calheiros diz que o peemdebista “não foi e nem poderia ser procurado pelo ministro da Educação para tratar de nenhum dos assuntos relacionados na referida reportagem. Como se sabe, a alegada moção não existiu".

Renan Calheiros ainda coloca como improcedentes as citações feitas por Marzagão. “As referências não condizem com o perfil do senador”, encerra a nota. Bem, o leitor avalie aí qual o perfil de Renan Calheiros nesta longa novela chamada Operação Lava Jato, que já chegou ao 24º capítulo. Ainda vem mais história por aí...

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