Tenho dito aqui neste blog que acho muito difícil uma aliança entre o PMDB e o PSDB para disputar a eleição em Maceió, neste ano. Pode ocorrer, mas é muita coisa em jogo. Inclusive o cenário de 2018.  Não se trata de “futurologia”, mas a análise de possibilidades ao se avaliar os passos de Rui Palmeira e do próprio Renan Filho.

O prefeito tucano Rui Palmeira é candidato à reeleição. A discussão hoje é se o chefe do Executivo municipal terá o apoio do governado do Estado – consequentemente do PMDB do senador Renan Calheiros – ou se enfrentará um candidato que contará com a base dos partidos que estão ao lado do governador Renan Filho (PMDB).

Renan Filho e Rui Palmeira estão conversando e colocando as condições na mesa. O próprio governador – em uma entrevista na manhã de hoje, dia 10 – afirma isto. “O PMDB conversa com todo mundo. Eu tenho conversado com o prefeito e com outras pessoas. Mas é importante que uma aliança tenha clareza”, colocou o peemedebista. O governador fala em clareza de ações, princípios e projetos para o futuro. “Uma aliança tem que se traduzir em boas coisas para a sociedade”, destaca ainda.

A aliança de agora passa também por planos de 2018. Renan Filho será – obviamente – candidato à reeleição. Em 2018, Rui Palmeira pode ser candidato ao governo ou ao Senado Federal. São possibilidades abertas para o tucano que o PMDB leva em conta. Afinal, o partido tem candidato ao Senado: Renan Calheiros, que deve buscar renovar seu mandato, caso a Operação Lava Jato não o atrapalhe a este ponto. É difícil discutir um futuro em médio prazo neste instante, mas o xadrez político sempre precisa ser antecipado por estes grupos. O poder está em jogo.

Renan Filho pontua uma questão: a aliança tem ainda que se mostrar sólida no alinhamento de políticas entre o Executivo estadual e o municipal.

“A aliança que a gente tem (os partidos de sua base) pode ter um candidato do PMDB, ou então fazer outra aliança. O quadro precisa de clareza. O PMDB vem trabalhando duro para enfrentar a crise com trabalho. Pela posição que ocupa, tem que ter papel importante nas eleições de Maceió e também no interior. O caminho que o partido tomar tem as chances de dizer para a sociedade: ‘acredite neste projeto porque enseja um avanço para Alagoas como um todo”, salienta ainda.

Apesar das conversas, Renan Filho colocou ainda que “a decisão é de partido”. “Eu não vou decidir uma aliança sozinho. O PMDB terá papel preponderante nas eleições municipais”. O chefe do Executivo nacional não nega que o cenário nacional pode ditar o rumo do partido. “Vamos nos encontrar em Brasília (membros do PMDB) para conversarmos sobre eleições municipais. Algo que já temos feito. Nos próximos dias, precisamos tomar a decisão do PMDB Será importante para o processo, pela densidade do partido e pelo que eu tenho sentido da população neste começo de governo”, complementou.  

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