Recentemente o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), confirmou o rompimento da “aliança política” com o deputado federal João Henrique Caldas (PSB), ao demitir todos os cargos que o parlamentar possuía na pasta da Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma).

Rui e JHC mantinham a aliança desde a eleição de 2012, quando o deputado federal hipotecou apoio ao tucano.  Vencida a eleição, Rui Palmeira entregou a Sempma a João Henrique para que ele indicasse os titulares da pasta. Foi indicado – inicialmente – Raphael Wong. Na sequência, Wong foi substituído por Davi Maia, que apesar de ser do Democratas foi indicado por JHC.

Porém, desde 2015, João Henrique Caldas dá sinais de que pretende disputar o Executivo contra Rui Palmeira. Resultado, o prefeito exonerou os cargos de JHC diante de sua pré-candidatura confirmada.

Sem o compromisso com a gestão tucana, João Henrique Caldas carrega sua “metralhadora” (sentido metafórico) e pretende disparar contra a administração municipal. As primeiras munições são os contratos firmados pela gestão para a contratação da fiscalização eletrônica e de consultoria.

Rui Palmeira frisou – em recente entrevista – que todos os contratos da gestão se dão de forma legal. “Eu tenho orgulho de ter tirado a gestão das páginas policiais”, destacou o prefeito.

João Henrique – no entanto – parte para o ataque: “sem repercussão em nenhum meio de comunicação, e como se não bastassem os pardais, a Prefeitura de Maceió publicou contratos no valor de R$ 9,6 milhões de dinheiro público, sem licitação, a pretexto de consultoria para o último ano do governo”.

JHC diz ainda que consegue disponibilizar as consultorias de forma gratuita e pede ao prefeito que converse com ele sobre este assunto. Ora, como parlamentar porque não liga diretamente para a assessoria de Rui Palmeira para discutir o assunto. Cores da eleição.

O deputado federal ainda cobra ações do PAM Salgadinho e as questões envolvendo o funcionalismo público. São – como já disse - as cores das eleições. Agora, isto não significa dizer que o prefeito não tenha que responder aos questionamentos. Claro que sim. É um questionamento forte que envolve um montante de dinheiro significativo.

Porém, convenhamos: o questionamento de JHC também se faz porque ele é pré-candidato à Prefeitura de Maceió. Logo, é pedra em busca da vitrine. 

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