Conversei – no final da manhã de hoje, dia 09  - com o deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR) sobre a polêmica do documento da carta de renúncia do também deputado federal do PR, Vinícius Gurgel, entregue ao Conselho de Ética, quando este avaliava a situação do presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB).Já comentei o assunto na manhã de hoje. A Folha de São Paulo trouxe uma matéria em que afirma que a assinatura de Gurgel foi falsificada. Vinícius Gurgel já deu declarações afirmando que ele mesmo quem assinou o documento. Se a assinatura estivesse irreconhecível, é porque ele estava de “ressaca” ou “bêbado”.

A polêmica acabou envolvendo – ainda que de forma indireta – o deputado federal alagoano Maurício Quintella Lessa que, como líder do PR na Casa, ocupou a vaga de Vinícius Gurgel no Conselho e votou favorável a Eduardo Cunha. O presidente da Casa perdeu a votação no Conselho por 11  10.

Quintella reitera que votou favorável para respeitar a vontade de Gurgel, o que já havia dito a este blog. “Não é uma questão de mérito. Se eu substituísse um deputado do meu partido que votasse contra Cunha, eu votaria assim para respeitar a vontade dele. Cumpri uma função de líder”.

O parlamentar alagoano também repudia o envolvimento de seu nome nesta polêmica. “O Conselho acatou a assinatura quando fez a conferência. Eu não tenho nenhuma responsabilidade a respeito disto. Em momento algum este documento passou por mim. Foi entregue ao Conselho. A tramitação se deu no Conselho e a decisão do Vinícius Gurgel de renunciar foi unilateral e acatada pelo Conselho. Eu não dei entrada em documento nenhum”.

De acordo com Quintella, se alguém deve ser questionado é o próprio Vinícius Gurgel, como foi e deu a sua versão, confirmando que assinou o documento de ressaca.

“O meu voto em relação ao caso envolvendo Cunha, eu darei em plenário. E seguirei a decisão do Conselho de Ética, até já havia falado sobre isto. Em entrevista a você (Quintella fala de mim) até já havia colocado que a situação de Cunha está insustentável. No Conselho, meu voto se deu respeitando a vontade do colega de partido”, concluiu ainda.

Logo, para Quintella a Folha erra ao afirmar  que ele teria recebido a carta da assessoria do deputado. O líder do PR destaca que o documento sequer passou por ele. 

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