E os pardais da fiscalização eletrônica - que se inicia no próximo dia 28 em Maceió - estão se transformando em um verdadeiro palanque político para os adversários do prefeito Rui Palmeira (PSDB) e para o próprio Executivo.
Natural que em época eleitoral, tudo ganhe esta conotação. É até legítimo do processo. Nesta questão, até demorou. Pois o assunto foi polêmico em gestões passadas. Foi - por exemplo - a primeira ação do ex-prefeito de Maceió e deputado federal Cícero Almeida (PSD): retirar a fiscalização eletrônica que havia sido colocada pelo gestor anterior.
No dia de ontem, como mostrou o blog, o superintendente Tácio Melo partiu para o ataque aproveitando os pardais eletrônicos. Melo deixará a prefeitura no próximo dia 29 de fevereiro. Ele pode ser candidato a vereador pelo Solidariedade.
Tácio Melo atacou o ex-prefeito Cícero Almeida - ainda que não tenha citado o nome - em parte por ele ser o principal rival de Rui Palmeira. A ação da SMTT vai ter ônus e bônus político, pois divide opiniões. E os políticos - expertos que são - vão aproveitar isto.
Mais um político que entrou na dança e partiu para o ataque a Rui Palmeira foi Silvânio Barbosa (PSD). Os desentendimentos entre Barbosa e Tácio Melo já são históricos em função da licitação do transporte público municipal. Também não é segredo que Barbosa é um opositor de Rui Palmeira na Câmara Municipal de Maceió.
Barbosa convocou um protesto com faixas e panfletos contra a fiscalização eletrônica. Ele pretende realizar a manifestação no domingo, dia 28. O ataque de Barbosa é acusação de que os pardais vão servir apenas para aumentar a arrecadação da Prefeitura. Algo que o prefeito - obviamente - nega.
“Eu defendo que todo motorista infrator seja punido. Mas acredito que investir em uma campanha educativa de trânsito é uma alternativa mais viável do que, outra vez, colocar a mão no bolso do maceioense, tão sofrido e carente de tudo com essa gestão que aí está e já sobrecarregado com as altas taxas tributárias impostas pelo poder público”, argumenta.
Outro ponto questionado pelo vereador é a legalidade da contratação da empresa. É, as eleições chegaram e estão presentes em todos os temas.
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