Na manhã de hoje, dia 16, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), ao ser indagado sobre a greve dos servidores da Saúde foi enfático e não quis entrar em detalhes. Encerrou o assunto com uma única frase.
“É aguardar a notificação (por parte dos grevistas) para tomarmos as medidas cabíveis”, sentenciou o prefeito de Maceió. Ou seja: a Prefeitura deve acionar a Justiça.
Os servidores municipais da Saúde decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, dia 22. A motivação da paralisação é a proposta apresenta pela Prefeitura de Maceió quanto ao reajuste: 2,2%.
Os servidores apresentaram contraproposta de 14%. A situação que a Prefeitura de Maceió enfrenta com os funcionários da Saúde deve ser a mesma - muito em breve - com os demais funcionários. Há cobranças por reajustes que - no mínimo - façam a reposição da inflação.
No dia de ontem, Rui Palmeira destacou que o Executivo - diante da crise econômica e da queda dos repasses do Fundo de Participação Municipal (FPM) e da arrecadação - não tem condições. “A receita cresceu 2,2% e estamos dando o mesmo percentual de aumento. Não vamos dar um aumento que não poderemos pagar lá na frente e - com isto - atrasar salários”, frisou o chefe do Executivo.
O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da Saúde de Maceío (Sindsaude), Alessandro Fernandes, disse que a maioria dos servidores decidiu pela greve, que inicia-se na próxima semana e vai manter 30% dos serviços, como prevê a Lei.
"Ainda estamos decidindo se iremos manter o mínimo exigido ou se manteremos 50% dos serviços, mas a população vai sentir os efeitos da greve nas unidades de saúde, consultas e também nas ações de combate ao Aedes Aegypti, que já estava precário pela falta de insumos aos agentes. Infelismente essa foi a nossa alternativa para lutar contra a desvalorização que a prefeitura quer promover", frisou o sindicalista.
Para Fernandes, a prefeitura precisa conceder o reajuste antes do dia 5 de abril, data limite para esse tipo de movimentação, já que o ano é eleitoral. Isto faz com que o funcionalismo corra contra o tempo.
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