Passadas as festas de final de ano e folia de Momo, o maceioense deve preparar o bolso porque a coisa não está muito boa. Em pesquisa realizada na capital alagoana o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) apresentou uma variação de 1,51% ao mês. Entre os itens que mais aumentaram está o transporte público com aumento 14,55% e os livros escolares que tiveram reajuste de 13,59%.

Segundo  dados da superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) o grupo que apresentou a maior variação foi Transportes, com 5,29%, seguido das Despesas Pessoais, com 1,69% de aumento.

 “A elevação no grupo de transportes foi impulsionado, principalmente, pelo aumento da passagem do ônibus urbano, que passou de R$ 2,75 para R$ 3,15. No total, esse aumento foi de 14,55 pontos percentuais. Já nas despesas, percebe-se que o grupo foi influenciado pelos preços dos hotéis, bastante procurados no período de férias de início do ano, bem como nas festas carnavalescas”, explica o gerente de pesquisas da Seplag, Gilvan Sinésio.

Ainda de acordo com as pesquisas de preços dos produtos e cálculos realizados pela pesquisa, em janeiro, grupos como o de alimentação e bebidas, educação e comunicação apresentaram variações de 1,11%, 1,01% e 0,47%, respectivamente.

 “É entendível que alguns produtos aumentem nessa época. Refrigerantes e água mineral, por exemplo, tiveram variação positiva de 2,74%. Já os tradicionais livros escolares aumentaram em 13,59%”, salienta Sinésio.

 A pesquisa também fez o levantamento da cesta básica vendida nos centros de compras da capital alagoana. Segundo os dados, o item comprometeu um percentual de 34,37% do salário atual, o que representa uma queda de 2,83 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

 Em valores monetários, porém, é possível perceber que, para adquirir a ração mínima alimentar, foi necessário que o maceioense utilizasse a quantia de R$ 302,42 para a sua alimentação pessoal, independente de outras despesas necessárias a sua sobrevivência e de seus familiares. Em dezembro, a quantia foi de R$ 293,10.

 Já em relação aos produtos que compõem a cesta, o tomate, o feijão e a carne foram os que registraram as variações mais significativas. Todavia, a carne ainda mostrou-se como o produto que mais pesou no orçamento, com preço médio de R$ 18,96 por quilo.

 “Em geral, o número de despesas em janeiro é grande e, por isso, vemos esse resultado. A palavra-chave que o maceioense deve ter em mente é organização”, ressalta Gilvan.

 Para verificar a pesquisa completa e ter acesso a outros dados coletados pela Seplag, acesse o site Alagoas em Dados.

*Com Agência Alagoas