Em entrevista coletiva improvisada, na manhã de hoje, dia 03, o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), anunciou que - semelhante ao início de seu governo, em 2015 - deve nomear uma comissão para rever contratos e cortar gastos no governo.
Renan Filho salientou a revisão de contratos e cortes nas pastas que são as mais pesadas (no sentido de destino dos recursos), bem como nas empresas estatais (a Casal, por exemplo). Entre as pastas que podem sofrer cortes estão Educação e Saúde.
O governador - que defende a criação da CPMF - já se prepara para se ela não for aprovada no Congresso Nacional, diante do clima de rejeição à proposta que foi apresentada pela presidente Dilma Rousseff (PT). Afinal, é um imposto a mais que repassa a conta para o brasileiro.
A conta de um governo federal que foi irresponsável com os gastos públicos e adotou uma matriz econômica que é a responsável pela crise. Alternativas para que o país volte a crescer foi o que foi discutido pelos governadores, em Brasília (DF), no início da semana.
A oposição já se mostra convencida de que a alternativa mais viável para o retorno do crescimento é a saída de Dilma Rousseff da presidente. Mas, os aliados - como Renan Filho - ainda não compram esta bandeira. Por isto, o peemedebista que governa Alagoas ainda se mostrou confiante na conversa que teve com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa.
Em Alagoas, o “dever de casa” - mesmo após ter aumentado a alíquota do ICMS em Alagoas - é cortar ainda mais despesas. Será o trabalho da comissão que deve ser anunciada por Renan Filho. “Cortar despesas é igual cortar unha. Tem que fazer sempre e observar, caso contrário paralisa a mão, paralisa o governo. É um trabalho diário para enfrentar a crise”.
No diálogo com Nelson Barbosa, Renan Filho ainda discutiu operações de créditos, elevação da arrecadação e fez apelo pela aprovação da reforma da previdência.
Quando ao alongamento para o pagamento da dívida, Renan Filho se disse otimista em relação ao que ouviu do ministro. O recurso oriundo deste alongamento - já que se reduz a parcela - será usado para investimentos em infraestrutura, segundo o governador. Logo, este dinheiro não servirá para custeio ou folha de pagamento. Ou seja: para reajustar o salário de servidores (problema que o governo já enfrenta) a saída a ser encontrada terá que ser outra.
O governador ainda falou da extinção de órgãos e fusão de secretarias, mas não salientou quais.
Dilma
Renan Filho ainda avaliou como positiva a ida de Dilma Rousseff (PT) ao Congresso Nacional, no dia de ontem, 02. Dilma levou à mensagem da presidência pessoalmente. Chegou a ser vaiada quando falou da CPMF, mas a bancada governista respondeu com aplausos.
Em todo caso, a ida de Dilma mostrou que ela não encontrará ambiente fácil no Legislativo neste ano de 2016. “A ida da presidente é importante. Demonstra respeito e a busca pelo esforço coletivo de todos. Que nos unamos para enfrentar a crise”, colocou o governador.
Pelo visto, Renan Filho ainda confia em saída da crise com Dilma Rousseff no comando.
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