Escrevi - recentemente - sobre a reunião entre o PDT - que no município de Maceió é presidido por Israel Lessa - e o grupo do G-8, que tem como um dos lideres o dirigente do PRTB, Adeílson Bezerra.
Fiz minha análise sobre o encontro. O que disse no post sobre o assunto reitero, mesmo depois de ter conversado com Bezerra em relação à reunião. Bezerra faz apontamentos que acho justo que sejam divulgados neste espaço, uma vez que anteriormente tratei do caso.
No diálogo recente com Adeílson Bezerra ele apontou o que considerou “esclarecimentos” em relação ao que destaquei no blog. O dirigente partidário afirma que a reunião do G-8 - que tem, além do PRTB partidos como o PTdoB, PHS, PPL e outros - “quer quebrar a inércia política em torno da sucessão da Prefeitura Municipal de Maceió”.
Bezerra diz que não foi ofertada uma cabeça de chapa ao PDT. O que digo é que, se Israel Lessa se apresenta como pré-candidato à Prefeitura Municipal de Maceió ele entra nesta reunião com a condição de sê-lo, podendo ser alçado a isto diante do fato do PDT ser um partido com um deputado federal de densidade eleitoral: o ex-governador Ronaldo Lessa. Digo, alçado em uma pré-campanha.
Todavia, lembro ao leitor que Lessa já defendeu a “chapa única” em torno do nome do candidato à reeleição e, logicamente, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB). Sendo assim, se Israel Lessa se firma nesta posição ganha visibilidade e palanque, podendo mais tarde retornar a uma candidatura de vereador no grupo trazendo os louros políticos da posição que conquistou anteriormente no xadrez. Em políticas há estas negociações. Adeílson Bezerra sabe disto.
Como o próprio Bezerra afirma, se há uma discussão para tirar da “inércia do debate sobre a sucessão da Prefeitura de Maceió” há -portanto -uma pretensão dos partidos avaliarem a conjuntura e construírem estratégias. “Em momento algum foi oferecido cabeça de chapa ou tratado de quem seria o possível candidato de uma frente política e partidária de oposição ao atual prefeito”.
Sim. Pode não ter sido batido martelo, mas a análise que faço - que não diverge do que diz Bezerra - é das possibilidades e do que, em função das circunstâncias, o G-8 tem a lucrar com elas. Afinal, é um grupo que pensa em eleger vereadores.
Adeílson Bezerra coloca que “o nome de Israel Lessa foi colocado na mesa, como um dos nomes que preenche um dos requisitos estabelecido nas diretrizes do G-8, que é o de lançar candidatos que sejam considerados uma "nova liderança””. Por estratégia, correto.
O que o presidente do PRTB destaca é que o grupo abriga outros pré-candidatos a prefeito, como o “jornalista e presidente Regional do PTC, Paulo Memoria; Sérgio Cabral do PPL e Marcos Andre do PHS”. Estes entram - em minha visão - com a mesma estratégia que entraria um Israel Lessa. Um nome a ser posto que pode lucrar com isto lá na frente, construindo uma candidatura para a vereança. Não duvidam que até possam disputar a Prefeitura, afinal em todo pleito há candidaturas de porte menor - no sentido de recursos, espaço e tamanho da máquina partidária - como foi a do próprio Cabral, que encabeçou uma disputa pelo Executivo no ano de 2012.
“A decisão de termos a nossa candidatura própria ou se iremos ao encontro de a outra diretriz do G-8, que são as "Novas Alianças", dentre os quais o PDT, só serão tomadas em março próximo”, diz Adeílson Bezerra. Até lá, natural que discutam possibilidades.
Por isto que - como cito em meu texto - o grupo vai em busca até de se reunir com o presidente municipal do PMDB, Mosart Amaral. Ora, o PMDB se entrar em qualquer composição é para ser protagonista. Alguém duvida disto? Até se apoiar Rui Palmeira terá que ter espaço no Executivo, indicar o vice e pode até arrancar o compromisso do prefeito não ser candidato ao governo em 2018, facilitando assim a disputa para o atual governador Renan Filho (PMDB), que deve tentar sua reeleição.
Por isto falei da questão de que uma reunião com Mosart Amaral é inócua, uma vez que quem bate este martelo no partido não é Amaral. Ainda que Amaral fosse o presidente estadual (o que não é, pois é o municipal) quem bateria o martelo seria o senador Renan Calheiros (PMDB).
Por isto que analisei como analisei a presença do PMDB em futura reunião do grupo. Adeílson Bezerra destaca que há diretrizes no grupo - que ele e outros líderes partidários formaram - que serão seguidas: “1- Novas Alianças; 2- Novas Lideranças; 3- Igualdade Social; 4- Desenvolvimento Sustentável; 5- Saúde Preventiva; 6- Educação de Qualidade; 7- Gestão Participativa e 8- Segurança para Todos”.
Falei que o PRTB não estava na chapa que elegeu Renan Filho governador e que a nota - pelo menos a que recebi - afirmava isto, o que não era uma verdade. A nota não me foi encaminhada pelo PRTB, mas pelo presidente municipal do PDT, Israel Lessa.
Adeílson Bezerra esclarece o que coloquei corroborando com o que digo: “dos partidos que integram o G8 apenas PT do B e PHS fizeram parte formal da coligação que elegeu Renan Filho. PRTB e PPL e PRO estiveram em outras frentes”. Acho justo divulgar as colocações de Bezerra, uma vez que toquei no assunto anteriormente. É isto.
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