No dia de hoje, 27, a Folha de São Paulo trouxe uma matéria em seu site - que pode ser vista aqui - em que afirma que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de busca e apreensão que tinha como alvo a residência oficial do senador e presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB).
O pedido foi negado pelo ministro do STF, Teori Zavasck. A Folha de São Paulo coloca que Rodrigo Janot suspeitava que as doações de campanha que foram feitas ao PMDB de Alagoas seriam disfarces para o pagamento das propinas que seriam endereçadas ao senador Renan Calheiros.
O pedido se baseava nas investigações de fraude de licitação na Transpetro. Esta licitação é alvo de uma investigação - iniciada em 2014 - pelo Ministério Público Federal. Janot coloca que entre o início do processo licitatório e o resultado deste houve doação de R$ 650 mil ao PMDB em julho de 2010. Na mesma data, a campanha de Calheiros ao Senado recebeu R$ 400 mil do diretório do PMDB.
Naquele ano, Renan Calheiros foi candidato ao Senado Federal. Ele buscava a sua reeleição. Calheiros foi eleito na segunda vaga. O senador Benedito de Lira (PP) foi o mais votado. Lira é outro senador alagoano também investigado ela Lava Jato. Aliás, além deles dois, o terceiro senador também é alvo: Fernando Collor de Mello (PTB).
As buscas na residência oficial de Renan Calheiros foram negadas em dezembro do ano passado. Em uma das fases da Operação Lava Jato apenas a sede do diretório do PMDB em Alagoas recebeu a “visita” da Polícia Federal.
Zavascki entendeu que - apesar do que apontava o MPF - não havia “correlação fática” entre Renan Calheiros e os fatos investigados no procedimento. Apesar de enxergar os indícios, o ministro afirmou que a Procuradoria Geral da República teria que demonstrar como ocorre os vínculos entre o senador peemedebista e de que forma a busca e apreensão poderia ajudar a esclarecer o assunto, sendo imprescindíveis às investigações.
Renan Calheiros - vale ressaltar - tem sempre afirmando sua inocência em relação a todos as informações que são divulgadas a respeito da Lava Jato e seus desdobramentos. O senador peemedebista é alvo em vários inquéritos, mas afirma que vai provar que nada tem a ver com os escândalos que estão sendo investigados pela Polícia Federal.
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