Na manhã desta terça-feira, dia 19, o Ministério Público Estadual realizou uma vistoria surpresa no Cemitério Divina Pastora, localizado no bairro do Rio Novo. É naquele cemitério que se sepulta os corpos de indigentes. 

O MP - conforme a assessoria de comunicação do órgão - foi procurado pela direção do Instituto Médico Legal (IML) por conta de não haver mais espaços para sepultar os corpos de indigentes em Alagoas. 

Resultado: os cadáveres se acumulam no IML de Alagoas. Alguns já em avançado estado de composição. O promotor de Justiça, Flávio Costa, assumiu o caso. Aguardemos quais serão os procedimentos. O primeiro passo foi a vistoria surpresa.

Na vistoria, encontraram ossos espalhados pelo cemitério, um crânio humano, covas abertas, sem o mínimo cuidado em relação aos corpos dos indigentes. Isto dificulta o trabalho da Polícia Civil depois, caso seja necessária identificações. 

A situação assustou o Ministério Público do Estado de Alagoas. Há uma superlotação em relação aos corpos de indigentes. Nas denúncias - de funcionários do cemitérios - há informações de corpos que são “devorados” por urubus. 

“Situação de caos”, resumiu o promotor. Há inclusive ossos que foram queimados com restos de lixo. A direção do IML classificou a situação como “angustiante”.

O fato é que no IML a situação também é difícil. Sem ter onde colocar os corpos, com as gavetas todas ocupadas, o mau cheiro já toma conta do Instituto, as condições de trabalho se tornam ainda mais insalubre e por aí vai…

A direção do Cemitério não soube dá prazo para solucionar a questão. O diretor do Departamento de Cemitérios de Maceió, Rogério Barros, colocou que vai ter uma reunião hoje (após ser provado pelo MP) com a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) para tentar achar uma solução para os corpos que se avolumam no IML.

Rogério Barros frisou que este problema de falta de covas se dá apenas com os indigentes e que os demais cemitérios públicos de Maceió estão funcionando normalmente. 

Estou no twitter: @lulavilar