Comentei no post abaixo sobre a pesquisa do Instituto Paraná que aponta Rui Palmeira (PSDB) como o segundo melhor prefeito avaliado entre 13 chefes de Executivos municipais da capital alagoana.

Palmeira teve pouco mais de 64% de aprovação. O tucano foi objetivo - em suas redes sociais - sobre o assunto: “É com gratidão e humildade que nesta manhã recebo o resultado da pesquisa de avaliação de prefeitos do Instituto Paraná, em que apareço em segundo lugar na lista de maior aprovação entre os prefeitos de capitais do país. Vamos continuar trabalhando ainda mais para superar as adversidades e construir uma Maceió cada vez melhor para os cidadãos. Muito bom receber esta notícia, mas ao mesmo tempo que ficamos felizes, devemos ter em mente que precisamos fazer ainda muito mais por Maceió. E com certeza vamos fazer”.

Como disse na postagem anterior, há questionamentos possíveis em relação ao ranking montado. Com isto, não questiono as porcentagens da pesquisa, mas sua formatação e sua divulgação como sendo um ranking dos melhores do país, quando sequer são avaliados os prefeitos das 27 capitais, mas apenas de 13. 

Eis o que pontuo.

1) Ao que tudo indica, o Instituto avaliou 13 prefeitos de capitais. O critério para as escolhas de capitais? Não sei. A pesquisa foi contratada por pessoas destas capitais? Não sei. Mas só isto já mostra que não se pode vender a pesquisa como o prefeito melhor avaliado do país, pois sequer é entre todas as capitais. É o segundo entre 13.

2) Mesmo assim, os períodos de avaliação são diferentes. A pesquisa vai de agosto à dezembro. Pelo que entendi, a avaliação de Rui Palmeira se deu em outubro, pois é o mesmo número divulgado pelo Instituto na época, quando fez a avaliação da gestão do prefeito.

3) Sendo assim, claro que o dado de 64% de aprovação é algo que o prefeito deve comemorar e é algo positivo da gestão. Mas não seria mais justo se os prefeitos fossem comparados por meio de avaliações que ocorressem no mesmo momento. Sabe-se lá se nestas capitais - incluindo Maceió - ocorreu algo que muda o quadro e os números, o que poderia representar a subida ou descida de alguém no ranking dos 13.

4) Se os dados da avaliação de Rui Palmeira forem de fato os mesmos, ela se deu entre os dias 17 e 19 de outubro e ouviu 624 pessoas de Maceió. A margem de erro é de 4%.

5) Se a margem de erro for igual em todas as avaliações, teremos do 3º ao 5º praticamente empates técnicos. Mas nãos e sabe os detalhes das avaliações dos demais prefeitos.

6) Ao que tudo indica, o Instituto comparou pesquisas de avaliação em épocas distintas e fez um ranking. Não questiono os números. Acho que são válidos e representaram retratos de momentos. Acho que há pontos positivos na gestão de Palmeira que podem se traduzir nestes números. Assim como há pontos negativos que podem ser alvo de críticas, com o qual o prefeito vai ter que lidar no processo eleitoral.

7) Não sou especialista em pesquisas. Os questionamentos que aqui faço são os que surgiram quando comecei a ir em busca dos dados e observar as matérias. Se houver algum especialista aí, eu indago se é justo fazer um ranking assim. E a pergunta não exclui reconhecer que as avaliações separadas foram feitas de forma correta. Creio que foram.

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