Reportagem publicada nesta segunda-feira (04) no jornal Folha de S. Paulo e no portal UOL – maiores veículos de mídia impressa e eletrônica do Brasil – mostra que em virtude da crise econômica do governo Dilma Rousseff, Maceió é 10ª cidade que mais perdeu em recursos de transferências federais e arrecadação de impostos entre as 50 maiores cidades do país. 

Em Maceió a queda na receita tributária foi de -6,4%. Neste mesmo ranking, o Rio de Janeiro ficou em 21º lugar com perda de -3,90% e São Paulo ficou em 27º lugar com perda de -2,4% em arrecadação.

O motivo da perda de receita é que a crise econômica vem desacelerando a economia, reduzindo o consumo das famílias e a produção da indústria. O resultado é menos arrecadação e menor capacidade de investimentos para os municípios.

O levantamento mostra que as 50 maiores cidades brasileiras arrecadaram, juntas, 4% (R$ 2,7 bi) a menos de impostos em relação a 2014. Os efeitos da crise de caixa são agravados, também, pela redução das transferências estaduais.  A fonte dos dados foram o Tesouro Nacional e a Caixa Econômica Federal.

E o resultado nacional da queda de recursos são os cortes nos investimentos das cidades (aplicação de recursos em obras ou aquisição de equipamento e instalações), que caíram 16% nesses 50 municípios. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, criticou a redução e disse à Folha que a enquanto a receita cai, os municípios se sacrificam. 

"A despesa no município é diferente daquela da União porque é 'incomprimível'. Não pode deixar de dar merenda escolar, tirar o lixo da rua ou fornecer remédio. Não pode fazer o que a União está fazendo: não pagar ninguém, atrasar programas", diz.

Mesmo com a extrema queda de arrecadação, a Prefeitura de Maceió vem conseguindo realizar investimentos na cidade reformando postos de saúde, mantendo em dia serviços como coleta de lixo e iluminação, inaugurando escolas e áreas de lazer e realizando obras de infraestrutura em diversos bairros. 

“Nosso esforço tem sido muito grande para manter a folha de pagamento dos servidores rigorosamente em dia e manter os investimentos na cidade”, afirmou ao Cada Minuto o prefeito Rui Palmeira. Somente neste ano a cidade ganhou 6 nos Centros de Educação Infantil e novas avenidas.

Entretanto, nem todas as grandes cidades do país estão conseguindo sobreviver à crise. Em São Paulo, maior metrópole brasileira, o prefeito Fernando Haddad vai acabar o mandato sem cumprir inúmeras metas de sua gestão. 

Em virtude da crise, o prefeito paulistano prometeu construir 243 creches e só construiu 34, só está realizando 35 km dos 150 km de corredores de ônibus prometidos e só entregou 1 dos 20 Centros de Educação (CEUs) que afirmou que construiria.