Por pouco o senador Renan Calheiros - presidente do Congresso Nacional - não fez companhia ao presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), como centro das atenções da nova fase da Operação Lava Jato, que teve até mandados de busca e apreensão para serem cumpridos na sede do PMDB de Alagoas.

O PMDB de Alagoas - comandado com “pulso firme” por Renan Calheiros - teve sua estrutura abalada com a retirada de um cofre e apreensão de documentos. 

Mas, Renan Calheiros ficou mesmo como coadjuvante, graças a uma interpretação do ministro Teori Zavascki que diverge da Procuradoria Geral da República.

Assim como ocorreu com Cunha, havia pedido - feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot - para que se fizessem buscas na casa do presidente do Senado. Todavia, o magistrado do Supremo Tribunal Federal negou. Zavaski é relator da Lava Jato.

Renan Calheiros já é investigado em cinco inquéritos envolvendo a Operação. Em Alagoas, os mandados trouxeram Renan Calheiros para o olho do furacão, mas nacionalmente os holofotes ficaram com Eduardo Cunha. Bom para Calheiros, o governista. 

Vale lembrar que o peemedebista-mor de Alagoas alega inocência de todas as acusações feitas até então. Apesar da quantidade de vezes em que Renan Calheiros foi citado em delações premiadas, o STF ainda não divulgou os motivos pelos quais Teori Zavaski livrou a residência de Calheiros da operação. 

Mesmo não sendo envolvido de forma direta nesta Operação recente, o nome de Renan Calheiros voltou a aparecer. O cerco fechado em torno do peemedebista coloca na berlinda gente ligada a ele, com o deputado Aníbal Gomes (PMDB). Ele foi citado - em delações - como muito próximo ao senador alagoano.

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