Em uma linha de raciocínio próxima a do governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros - um dos nomes mais fortes da agremiação - também classificou o texto do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que foi endereçada à presidente Dilma Rousseff (PT), como “uma carta pessoal de desabafo”.
Nesta terça-feira, dia 08, foi mais um dia de tempestade perfeita em Brasília (DF). Mais um capítulo da Operação Lava Jato; o anúncio do acordo de delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT); a carta do vice-presidente Michel Temer falando que sempre foi alvo de desconfiança apesar das provas - elencadas por ele - de lealdade à presidente; e vitória da oposição elegendo a Comissão do Impeachment formaram a tônica do dia.
Renan Calheiros - entre tantos eventos cataclísmicos da República - falou sobre a carta de Michel Temer. “A carta é um documento institucional importante, porque é uma carta de um vice-presidente para uma presidente da República, mas não é um documento coletivo, partidário, político. É uma carta pessoal de desabafo”, colocou o presidente do Senado.
Calheiros defendeu permanência do PMDB no governo, mas de forma programática. “O PMDB tem que participar do governo em torno de uma coalizão que tenha fundamento programático, porque, se não, a discussão vai voltar para ser essa coisa de cargo, prestigiou ou não prestigiou, confia ou não confia. Eu acho que isso não qualifica nem o partido, nem a política brasileira”.
A carta de Temer é uma bomba dentro do próprio PMDB e dividiu ainda mais o partido. Muitos são os peemedebistas que já migram para a oposição.
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