Durante um evento na manhã de hoje, dia 02, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) desdenhou da nota oficial do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal que – alegando contingenciamento de recursos – afirmou que as eleições de 2016 poderiam ser manuais.
Palmeira fez uma leitura similar a que eu já havia feito aqui neste blog: o comunicado da Justiça Eleitoral que comoveu a população e gerou piadas em redes sociais, nada mais é do que a tentativa do Judiciário mostrar o desconforto com os cortes de recursos e clamar para que os gastos previstos sejam mantidos.
Sendo feito isto, urnas eletrônicas estarão de volta. Analisei ainda outros pontos também. O texto está aqui no blog. Em minha opinião, a visão do prefeito é correta. Valem as piadas e o bom humor. Mas, no final das contas é “chororô” da Justiça Eleitoral em função do contingenciamento.
Não é Rui Palmeira que usa o termo chororô. Sou que eu uso. Mas, no final das contas, o raciocínio é o mesmo.
Palmeira diz que a nota da Justiça – informado sobre a impossibilidade do uso das urnas eletrônicas – é reflexo do anúncio de cortes do governo. “Se a questão da revisão da meta fiscal caminhar no Congresso, este decreto será revogado e vamos continuar com as urnas eletrônicas”.
É isso. Claro que há a possibilidade da Justiça Eleitoral querer levar o choro adiante e o contingenciamento se manter, mas ainda assim não se tira a razão do cerne da reflexão feita e os motivos da nota publicada. Levanto a possibilidade de se manter a situação em função de não haver mais nada previsível neste país de múltiplas crises.
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