A crise (e há quem, dentro do próprio governo, alegue que ela não existe) bate cada vez mais forte na porta do Palácio República do Planalto. Ela não escolhe se o governador é ou não aliado da presidente Dilma Rousseff (PT).
Afinal, a desastrosa administração petista distribui os efeitos da crise política e econômica sem olhar a quem. Os aliados é que – por vezes – douram a pílula. Afinal, são políticos.
No caso do governador Renan Filho (PMDB), o gestor nunca negou os efeitos da crise econômica.
Ela é até “personagem” de recente peça publicitária em que se fala dos avanços na segurança pública, apesar da...crise! Renan Filho já mandou pacote de medidas para ser aprovado na Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas na tentativa de aumentar arrecadação, dentre outras ações, como os cortes de gastos dentro da própria estrutura do Executivo.
Agora mais uma medida: antecipar o fechamento do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem). Uma forma de fazer caixa nos meses finais do ano. Evitar gastos. Fornecedores do Estado não gostaram muito da ideia, pois com o fechamento antecipado para o dia 20 de novembro (tradicionalmente se fechava em dezembro) o Estado só paga o que já tiver empenhado.
Como dia 20 – amanhã! – é feriado, a correria é para empenhar tudo hoje. Quem chama atenção para esta informação é o jornalista Flávio Gomes de Barros em sua coluna Conjuntura, na Tribuna Independente. Reflexão interessante do jornalista sobre os efeitos da medida do Estado.
Como o Siafem só volta em fevereiro, somente o que for empenhado até hoje será pago. Serão três meses para o governo fazer caixa e economizar. Isto pode ajudar na contabilidade do superávit para o Estado. Não é por acaso que a sugestão foi do secretário da Fazenda, George Santoro, como mostra o colunista. O governo estuda chegar a um superávit que ultrapasse R$ 1 bilhão.
Renan Filho se esforça como pode para superar a crise sem que isto resulte em atrasos de salários ou danos a ações governamentais que considera importante.
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