O segundo semestre de 2015 tem sido de muito trabalho para a equipe de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios (SMS). Desde que foi descoberto mais dois tipos de vírus provenientes do Aedes aegypti – a zyka vírus e a febre chikungunya – os agentes de endemias intensificaram as ações de prevenção e de tratamento nas residências palmeirenses.

Mutirões e diversas campanhas têm alertado os bairros para que sejam tomadas medidas de saúde mais rígidas, visto que esses novos vírus são ainda desconhecidos. No último mês, a SMS registrou atendimento de pacientes com suspeitas de contágio pela zika vírus, mas, após exames, o diagnóstico deu negativo para a doença, sendo apenas um quadro viral e de doenças tropicais.

A coordenadora da Vigilância em Saúde de Palmeira dos Índios, Rebeca de Oliveira, tranquiliza a população explicando que não há motivos para alarde. Ela reafirma que, apesar das notícias veiculadas nos últimos dias pela imprensa alagoana, não há registro de casos confirmados de zyca na cidade.

“Os óbitos das últimas duas semanas não foram confirmados como causa-morte a Zyka Virus. Temos declarações dos hospitais nos quais os pacientes estavam internos e os laudos constatam que o primeiro óbito foi causado por AVE (Acidente Vascular Encefálico) e insuficiência renal, e o segundo óbito causado por uma pneumonia. Não há motivo para se preocupar ou entrar em desespero”, afirma a coordenadora.

A Zika é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya. Apesar de a doença ter chegado ao Brasil, ela não é uma preocupação tão grande quanto a dengue, uma vez que seus sintomas são brandos e duram pouco tempo. Os maiores incômodos são febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas.

Já a Febre Chikungunya é uma doença parecida com a dengue, causada pelo vírus CHIKV. Seu modo de transmissão é pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado e, menos comumente, pelo mosquito Aedes albopictus. Seus sintomas são semelhantes aos da dengue: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. Porém, a grande diferença da febre chikungunya está no seu acometimento das articulações: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local.

A SMS vem realizando atividades rotineiras e de intensificação de combate ao vetor dessas doenças. A Secretaria pede que a população coopere com as ações, recebendo os agentes nas residências e eliminado possíveis focos. Além disso, a SMS tem contado com total apoio do Governo do Estado, através de material fonercido pelo mesmo, como o carro "fumacê" e larvicida.