Esta semana conversei – e publiquei aqui neste blog – com o deputado federal Cícero Almeida (PSD) sobre o processo que enfrenta que pode resultar em perda de mandato. Almeida foi eleito pelo PRTB, como mudou de legenda, alegando ter sido retirado arbitrariamente do comando da sigla em Alagoas, o partido entrou na Justiça Eleitoral pedindo o mandato.
Almeida já conseguiu uma vitória parcial. O PRTB pedia o mandato liminarmente enquanto não se analisava o mérito. Como já divulguei aqui neste espaço, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que não cabia. Cícero Almeida permanece no mandato e aguarda a análise do pedido feito pelo PRTB.
Em entrevista a este blogueiro, Cícero Almeida fez duros ataques à Levy Fidélix, que comanda a legenda nacionalmente, e ao presidente estadual Adeílson Bezerra. Lembrou de processos aos quais os dois respondem, acusou Fidélix de usar o partido em proveito próprio, dentre outras fortes declarações que podem ser constatadas nas postagens anteriores.
Sentindo-se ofendido, Adeílson Bezerra ligou para este blogueiro para dar a sua versão. “Gostaria de um direito de resposta para explicar a minha versão dos fatos”, pontuou. De acordo com Bezerra, ele nunca teve qualquer tipo de “atrito” com Cícero Almeida. Ele nega que o deputado federal tenha sido retirado arbitrariamente da presidência do PRTB. O dirigente defende a tese de comum acordo. Diz que foi combinado com Almeida, para fortalecer o partido em Alagoas, já que o parlamentar estaria focado em seu mandato em Brasília.
“Temos um vídeo em que o próprio Almeida fala sobre a saída da presidência da legenda, mostrando que não houve nada arbitrário. O vídeo está anexado ao processo para demonstrar que o deputado federal simulou uma briga interna para configurar a justa causa, que é o que permitiria a sua saída”, diz Adeílson Bezerra.
O presidente estadual do PRTB ainda ressalta que se Almeida tem alguma questão particular com Levy Fidélix “é uma questão deles”. “O que não pode é ele me envolver nisto. Nunca houve na legenda perseguição ao Almeida. Este Adeílson Bezerra que ele ataca agora é o mesmo que o acolheu no antigo PSL no ano de 2000 e o elegeu vereador. Agora, em 2013, mesmo ele respondendo processos, abonei sua entrada no PRTB. O conjunto da chapa de federal articulada por mim teve 180 mil votos. Ele obteve 64 mil”, frisou.
Almeida acusa Bezerra de ser o maior interessado em sua cassação, mas se diz tranquilo. “Se eu for cassado não há Justiça neste país. Eu estou tranquilo”, salientou. O deputado federal diz ter sido coagido por Levy Fidélix que – na versão do parlamentar alagoano – teria pleiteado por cargos e quis negociar o mandato de Almeida, inclusive para votar em Eduardo Cunha (PMDB) para a presidência da Casa.
Os detalhes da fala de Almeida estão em postagens anteriores.
Estou no twitter: @lulavilar