Não comentei aqui antes em função de outras pautas, mas assim como fiz o índice de avaliação do governador Renan Filho (PMDB), também há o que comentar em relação aos números alcançados pelo prefeito Rui Palmeira (PSDB). Os dois dados surpreendem em função dos problemas enfrentados pelas administrações estadual e municipal, respectivamente.

No caso de Palmeira, que chega à reta final de sua gestão e se prepara (ainda que evite o assunto na imprensa) para a reeleição, o número empolgou a turma. Internamente, na Prefeitura Municipal, os próprios secretários não esperavam (conforme apurou o blogueiro) um número de aprovação tão otimista.  

Não porque a Prefeitura Municipal de Maceió não tenha feito um bom trabalho, na avaliação de alguns titulares de pastas, mas porque lida com os reflexos da crise financeira, passou por uma situação de diálogo “duro” para se alcançar o maior percentual possível no aumento do servidor público, lida com a repercussão dos problemas da Saúde e da Educação, que não são poucos, dentre outros pontos de desgastes naturais de qualquer administração.

O número alcançado pelo prefeito – 64% de aprovação – é também um dado a ser explorado politicamente e tem reflexões nas “arrumações” do xadrez político para as eleições de 2016. Rui Palmeira deve ter como principal rival o deputado federal Cícero Almeida (PSD). Os outros pré-candidatos – em função de acordos – podem até ficar pelo caminho, facilitando a vida de Rui Palmeira. Claro, é cedo para se confirmar um cenário. Todavia, a tendência é esta.

Rui Palmeira – por exemplo – deve se aliar ao deputado federal Ronaldo Lessa (PDT), que era tido como candidato. E há quem fale de diálogos entre tucanos e peemedebistas, o que facilitaria ainda mais o cenário.

No caso da pesquisa que avaliou Rui Palmeira, o Instituto Paraná ouviu 624 pessoas de Maceió entre os dias 17 e 19 deste mês. A margem de erro é de 4% para mais ou menos e o nível de confiança é de 95%. 

Saúde

Chamo atenção para um dos maiores desafios que Rui Palmeira tem. O desgaste na Saúde – tanto que houve troca de secretário e o ex-vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) foi chamado para o cargo – e algumas problemáticas da pasta, como o gasto com a folha salarial, a situação das unidades de Saúde (em especial o PAM), e o loteamento de postos nas mãos de vereadores são pontos que podem pesar sobre a avaliação de Palmeira, pois dificultam uma melhora na pasta que é o calcanhar de Aquiles da administração municipal.

Além disto, os problemas habituais que cobram uma presença maior das pastas de ordenamento urbano: SMCCU e SMTT, por exemplo. São pastas que sofrem com questões históricas, que não necessariamente desta gestão.

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