Servidores do CCZ pedem mudanças na lei que estabelece atribuições do órgão
Os servidores que trabalham no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Maceió cobraram alterações urgentes na lei nº 5.318/2003, que estabelece as atribuições do órgão. Durante audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira, 16, na Câmara Municipal de Maceió (CMM), os funcionários alegaram que a legislação em vigor precisa ser atualizada.
A vereadora Heloísa Helena (Rede), presidente da Comissão Permanente de Higiene, Saúde Pública e Bem-Estar Social, explicou que as alterações da lei devem ser propostas pelo Poder Executivo e se dispôs a articular com os demais vereadores e até com a Assembleia Legislativa a aprovação de mudanças que atendam as necessidades do Centro.
Entre os artigos da lei que precisam de reformulação, a coordenadora do CCZ, Fernanda Rodrigues, citou o 18, que determina que “os animais não mais desejados por seus proprietários serão encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses”. Ela elencou uma série de dificuldades que os servidores enfrentam, incluindo a demanda gerada por atribuições que não são prioritárias.
“Não temos médicos veterinários suficientes para manter o atendimento clínico de domingo a domingo. Os médicos são agentes da vigilância sanitária. Nossas atribuições são muitas e o combate e controle de doenças de origem animal é nossa maior missão. Não deixamos de atender, mas reduzimos o atendimento a três vezes por semana”, explicou, enquanto exibia no telão as ações que o Centro desenvolve para evitar enfermidades na população humana.
O presidente do Conselho Regional de Medicina em Alagoas, Thiago Moraes, disse que a sociedade é mal informada sobre a importância do trabalho preventivo desenvolvido pelo CCZ e criticou o baixo investimento do setor público no setor. “Dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmam que entre 60% e 70% dos vírus que atingem os humanos são de origem animal e 75% das doenças que ameaçam a saúde pública são decorrentes de problemas que afetam primeiro os animais”, explicou ele.
O coordenador de vigilância sanitária do Centro de Controle de Zoonoses, Amaro Santana, explicou que os fiscais precisam de amparo jurídico melhor definido para entrar na casa das pessoas e exercer a função de fiscalizadores. “Eles precisam de maior segurança jurídica para realizarem o trabalho. Toda a legislação deve ser revista com urgência”, frisou o servidor.
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