Os secretários de Estado George Santoro, da Fazenda, Christian Teixeira, do Planejamento e Fábio Farias, do Gabinete Civil, reuniram-se, nesta terça-feira (06), com os deputados estaduais integrantes da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) para esclarecer pontos do pacote tributário encaminhado à Casa pelo Executivo. Apesar do discurso amortizador de Santoro ao afirmar que o pacote fará apenas correções no sistema tributário e que as medidas deixarão o etanol mais vantajoso no Estado, o secretário Christian Teixeira disse que a escassez de recursos pode levar Renan Filho a fundir secretarias.

Teixeira afirmou que a falta de recursos vem preocupando o governador por conta da manutenção da máquina pública mesmo com os cortes já efetuados e não descartou que algumas secretarias sejam fundidas para tentar reduzir ainda mais os custos da estrutura administrativa do Estado. Ele comentou ainda que a reunião com os deputados servirá para sanar dúvidas dos parlamentares quanto às mudanças propostas pelo governo. “Alagoas fez o dever de casa ao cortar gastos, cortando cargos e reduzindo pastas. O governador está preocupado com a escassez dos recursos e é preciso reorganizar a máquina pública”, disse.

O chefe da Secretaria da Fazenda, George Santoro, falou que as medidas propostas pelo Executivo Estadual no sistema tributário de Alagoas visam corrigir falhas. Ele argumentou os reajustes sobre o ICMS, IPVA e ITCD e disse que o ajuste fiscal incidirá em cima dos contribuintes que podem pagar mais.

“Não há nada de especial nesse ajuste. É um conjunto de medidas, na verdade uma correção do sistema tributário em Alagoas. Não vamos mexer em setores fundamentais no Estado. Se o combustível terá reajuste, o álcool terá redução. Essa correção ajudará diretamente o setor sucroalcooleiro que passa por crise e assim, deve manter em torno de 100 mil empregos gerados. Outros estados fizeram ajustes de até 30% na carga e em Alagoas será menor”, explicou.

O secretário Fábio Farias afirmou que Alagoas antecipou o ajuste tributário em relação a outros estados e que estudos sobre os gastos serão feitos com frequência. “O que estamos apresentado é uma série de projetos que fazem justiça tributária em Alagoas. Sobre as fusões, ainda não abrimos discussões sobre isso, mas o governador deixou claro que onde precisar fazer ajustes, eles serão feitos”, reforçou.

O deputado Ronaldo Medeiros (PT) afirmou que o aumento da carga não é bom para ninguém, mas considerou que o fato dos impostos incidirem sobre quem tem maior poder aquisitivo se mostra rentável.