O senador Fernando Collor de Mello (PTB) deu declarações fortes ao jornalista Fernando Rodrigues do UOL sobre a atual situação da presidente Dilma Rousseff (PT) diante da crise que vivencia seu governo do ponto de vista político, econômico e até mesmo ético.

De acordo com Collor – diante do atual quadro – se o pedido de impeachment começar a andar dentro do Congresso Nacional, com a desaprovação popular e a pressão, as chances da presidente Dilma Rousseff escapar da cassação são “muito próximas do zero”.

Collor avalia que a partir do passo inicial dentro do Congresso Nacional o processo de impeachment “começa a ter vida própria”. “Ninguém mais tem racionalidade ao conduzi-lo”, colocou o ex-presidente da República que foi alvo de um pedido de impedimento no ano de 1992 e teve que deixar o mandato pela metade.

Segundo o petebista, com a pressão, o processo de impeachment é tomado por paixões. Fernando Collor de Mello coloca os próximos 90 dias serão muito decisivos e que tudo pode acontecer dentro deste período, inclusive nada. Ele lembra que aberto o processo, a presidente deve ser afastada.

“No meu caso foi bem mais rápido (que os 90 dias)”, frisou ainda. Durante a entrevista, o senador ainda disse que chegou a conversar com Dilma Rousseff sobre os acontecimentos e sugeriu que a mandatária da nação pedisse desculpas pelas ações do governo. Collor teria ouvido: “pedir desculpas pelo que?”.

O senador do PTB ainda explicou que eram necessárias as desculpas por conta das informações repassadas na campanha de que a energia elétrica ficaria mais barata, a inflação estaria sob controle, dentre outros pontos. Se a presidente respondeu algo? Bem, de acordo com Collor, ela não deu nem o “muito obrigado” pela sugestão feita.

O parlamentar de Alagoas disse ainda que aprovar a CPMF é “politicamente inviável”. “Do ponto de vista técnico, no meu entender, a solução para esta questão orçamentária é a volta da CPMF. É algo que imediatamente pode ser recebido, há uma programação, não precisa da máquina para trabalhar. Tudo leva para esta saída. Mas, politicamente é inviável. Não há possibilidade do Congresso aprovar com estas medidas que estão sendo encaminhadas ao Congresso”. 

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