Quatro vereadores por Viçosa devem aprovar – ainda nesta semana – a criação de uma Comissão Especial de Investigação contra o prefeito da cidade, Flaubert Torres Filho (PPL). O alvo da Comissão são as denúncias envolvendo um suposto desvio de recursos do Instituto de Previdência do município.
A ideia da CEI vem sendo encampada pela vereadora – “líder de oposição” – Micheline Fernandes. Ela já tinha conseguido as assinaturas de Jota Wanderley e Antônio Ferro. Pelo regimento da Casa, eles precisavam de mais uma assinatura para implantar a Comissão. Esta chegou na semana passada.
O vereador Sydney Vilela aderiu ao grupo. Com a quarta assinatura, o grupo cumpre o necessário: o apoio de 1/3 da Casa, ou seja: quatro vereadores.
O foco da CEI é justamente a investigação feita pelo Ministério Público Estadual em relação às possíveis irregularidades do Instituto de Previdência de Viçosa. Como o prefeito se encontra afastado, a Comissão pode ser o passo necessário para retirar Flaubert Torres de vez do poder.
A Comissão deve ser instalada na quinta-feira, dia 24 de setembro.
As investigações do Ministério Público Estadual pedem a perda de cargo de Flaubert Torres Filho. Ele é acusado de apropriação indébita, além de outros crimes.
De acordo com o MPE, o gestor municipal teria causado um prejuízo ao regime próprio da Previdência Social do município de quase R$ 500 mil. Além da perda do mandato, é pedido a indisponibilidade dos bens do prefeito.
Na época, Torres alegou inocência. A base da acusação é uma auditoria realizada pelo Ministério da Previdência Social que apontou diversos procedimentos irregulares. Em 2012, por exemplo, foi apontado uma ausência de repasse de mais de R$ 287 mil. Em 2013, o prejuízo teria sido de mais de R$ 182 mil. O valor total é de R$ 469 mil aproximadamente. Quase R$ 500 mil.
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