O senador Benedito de Lira (PP) ganhou um reforço em sua defesa nas acusações que sofre em relação ao envolvimento no esquema denunciado pela Operação Lava jato. Lira é acusado de receber propina e foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Lira, foram denunciados o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e o deputado federal Arthur Lira (PP). O senador e presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB), ainda não foi denunciado. Ele segue sendo investigado também acusado de receber propina no maior esquema de corrupção do país, que é o Petrolão.
Todos alegam inocência.
No caso de Lira, o próprio Adriano Soares confirmou o assessoramento na defesa em suas redes sociais. “Vou assessorar o Benedito de Lira em sua defesa perante o Supremo Tribunal Federal na denúncia que foi feita contra ele pela Procuradoria-Geral da República no seio da Operação Lava jato”.
Soares diz ter feito uma análise preliminar nos poucos documentos disponíveis que embasaram a ação proposta. “Afirmo sem receio de errar: é absurda a acusação e sem qualquer base probatória. Parece-me até que essa ação frágil foi proposta para justificar a inação em situações outras, mais relevantes, que vêm sendo objeto de críticas da imprensa e de formadores de opinião”.
O jurista ainda coloca que “inocência de alguém não é um dado de fé”. “Não se trata de acreditar ou não, julgando as pessoas e não os fatos que lhes sejam imputados. Julgam-se fatos, que devem estar lastreados em provas. E afirmo peremptoriamente: inexiste qualquer fato ou prova que desabone a conduta do senador Benedito de Lira. E vamos demonstrar o absurdo dessa ação proposta. A Lava-Jato é importante para o país; a PGR não pode usá-la de modo irresponsável para nivelar a todos, acusando a granel”.
O que coloca Soares não é o que coloca a Procuradoria Geral da República, nem a Polícia Federal.
O STF terá agora de decidir se aceita ou não as denúncias. Se aceitar, os denunciados se tornarão réus e responderão a ações penais no Supremo – devido ao foro privilegiado decorrente da condição de parlamentares, eles não podem ser processados em outra instância da Justiça.
A acusação: o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa afirmou que – em delação premiada – repassou R$ 1 milhão, por meio de Alberto Yousseff, para a campanha do senador Benedito de Lira no ano de 2010.
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